O governo n?o está hesitante, refere oficial britanico
O governo britanico reiterou que pretende manter sua decis?o de outorgar à gigante de telecomunica??es chinesa Huawei um papel significativo no desenvolvimento da rede 5G do país, apesar da press?o para reconsiderar a quest?o, segundo um oficial do governo.
Após meses de delibera??o, o primeiro-ministro Boris Johnson decidiu no início do ano permitir que a Huawei passasse a estar envolvida em 35% da constru??o da rede 5G no Reino Unido, com algumas limita??es e restri??es nos componentes dos quais podia fazer parte, apesar de oposi??o doméstica e externa.
Na ter?a-feira, quando indagado sobre a possibilidade de uma mudan?a de ideias, Simon McDonald, líder do servi?o diplomático da chancelaria, disse: “O governo decidiu avan?ar com um investimento mas com condi??es muito restritivas (...) Tanto quanto sei é... uma decis?o firme que n?o está sendo reavaliada”.
A voz mais crítica da decis?o britanica foi o presidente Donald Trump, que colocou entretanto press?o sobre o Canadá, Austrália e Nova Zelandia sobre seus vínculos com a Huawei. Juntos, estes países, os EUA e o Reino Unido formam a rede de partilha de inteligência de “Cinco Olhos”, e Trump sugeriu que permitir à China acesso à rede de comunica??es britanicas constituía um risco de seguran?a.
Mas houve também resistência significativa domesticamente, com uma rebeli?o no Partido Conservador de Johnson, o qual testemunhou um grupo com vários apoiantes do Brexit, incluindo o ex-líder Duncan Smith e o ex-secretários para o Brexit David Davis, votando contra o governo em debates parlamentares sobre a quest?o.
Decisores-chave, segundo o grupo, fizeram que o Reino Unido “ficasse dependente da China e que falhassem em considerar as necessidades econ?micas, técnicas e de seguran?a britanicas a longo prazo”.
Em resposta às alega??es de uma amea?a à seguran?a, as quais n?o s?o suportadas por qualquer prova, o vice-presidente da Huawei, Zhang Jiangang, publicou uma carta aberta, na qual refere a importancia de uma forte rede de comunica??es, tal como evidenciado pelo forte aumento no teletrabalho ocorrido em todo o Reino Unido como resultado do surto de coronavírus.
“Interromper o nosso envolvimento do projeto 5G seria um retrocesso para o Reino Unido. Quando emergirmos desta crise, esperamos continuar a desempenhar o nosso trabalho como parceiro-chave no melhoramento das redes, beneficiando a economia e, por fim, toda a gente no Reino Unido”.