A 73a Assembleia Mundial da Saúde terá lugar nos dias 18 e 19 de maio, através de vídeoconferência. Os especialistas reunidos consideram a Covid-19 o inimigo comum de toda a humanidade, sendo que os estados membros da OMS devem se focar na coopera??o, ao invés da politiza??o de quest?es de saúde pública.
As mais recentes estatísticas da ONU apontam para a existência de mais de 4,4 milh?es de casos confirmados de infe??es por Covid-19 no mundo e mais de 300,000 mortes.
“A epidemia do novo coronavírus afeta todos os seres humanos. Enquanto a epidemia estiver ativa em um país, a comunidade internacional n?o poderá equacionar a seguran?a absoluta”, afirmou Liu Guoen, especialista afiliado à Universidade de Pequim e membro do conselho de especialistas da China para o combate à propaga??o da epidemia.
O papel das organiza??es internacionais n?o pode ser substituído no refor?o da coopera??o global. Desde o início do surto epidêmico do novo coronavírus, a OMS tem mantido uma posi??o objetiva, científica e justa, cumprindo ativamente suas responsabilidades. No entanto, determinados países, embora n?o tenham conseguido conter a expans?o do vírus, tentam desenfreadamente desacreditar a OMS, amea?ando com “cortes de financiamento” e em “abandonar o grupo”.
“Qualquer organiza??o importante n?o pode funcionar sem o apoio dos estados membros. Entre eles, as responsabilidades das potências s?o particularmente importantes”. Chen Xulong, diretor do Instituto de Pesquisa Estratégica da Academia Chinesa de Estudos Internacionais, afirmou que a China doou recentemente $50 milh?es à OMS para apoiar os esfor?os de controle e preven??o do novo coronavírus em países em desenvolvimento.
Recentemente, alguns países, nos quais se incluem os Estados Unidos, alegam que a OMS tem de convidar Taiwan para participar como observador nesta conferência. A este respeito, os analistas destacam que a participa??o de Taiwan na Assembleia deverá ser tida em conta com base no princípio de uma só China.
O Partido Progressista Democrático (PPD), desde o início do mandato em 2016, tem insistentemente aderido à postura separatista da “independência de Taiwan”, recusando-se a reconhecer que ambos os lados do estreito pertencem à mesma China. Deste modo, a base política para Taiwan participar na conferência da OMS deixa de existir. A ilegibilidade de Taiwan participar na assembleia deve-se somente à posi??o adotada pelas autoridades do PPD.
Os analistas destacaram que a insistência de alguns países em discutir algumas propostas de Taiwan tem o mero propósito de politizar quest?es de saúde. Segundo eles, estes países n?o hesitar?o em causar distúrbios à troca de ideias no ambito da OMS e em comprometer, em proveito próprio, a coopera??o no combate à epidemia.
Relativamente à reivindica??o de Taiwan de que a sua ausência na Assembleia Mundial de Saúde constitui uma “l(fā)acuna na preven??o epidemiológica internacional”, o porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores da China, Zhao Lijian, comentou recentemente que os canais para a obten??o de informa??o de Taiwan est?o desobstruídos, sendo que n?o existe tal “l(fā)acuna internacional”.
Em janeiro deste ano, o governo central da China recebeu epidemiologistas de Taiwan, que se deslocaram a Wuhan para investigar a situa??o. A 15 de maio, o governo central notificou Taiwan da evolu??o da situa??o por 152 vezes. Sob a premissa do princípio de uma só China, dede 2019, um total de 16 grupos de 24 especialistas de saúde de Taiwan na China participaram em várias atividades técnicas da OMS.
Wang Yingjin, diretor do Centro de Investiga??o para as Rela??es entre o Estreito, da Universidade Renmin da China, real?ou: “A manipula??o política das autoridades do PPD, usando a epidemia em prol da ‘independência’, interferirá profundamente com o desenrolar da conferência e comprometerá a coopera??o internacional”.
Com base no consenso atingido pelo comitê executivo da OMS, a conferência deste ano irá apenas abordar as quest?es necessárias, como a quest?o do coronavírus e a elei??o de membros para o comitê. A agenda foi amplamente reduzida. “Tal reflete o profundo desejo da maioria dos estados membros de aproveitar a conferência para aprofundar a coopera??o internacional e unir esfor?os no combate à pandemia”, concluiu Wang Yingjin.