Beijing, 21 mai (Xinhua) -- A China saudou a ado??o de uma resolu??o pela 73a Assembleia Mundial da Saúde (AMS) sobre a COVID-19, disse o porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores, Zhao Lijian, nesta quarta-feira.

Zhao fez as observa??es em uma coletiva de imprensa quando pedido para comentar a resolu??o proposta pela Uni?o Europeia e aprovada por consenso antes do encerramento da conferência virtual da AMS na ter?a-feira.

A resolu??o afirma e apoia inequivocamente o papel de lideran?a da Organiza??o Mundial da Saúde (OMS) e exorta os Estados-membros a tomarem as medidas necessárias para prevenir a discrimina??o e a estigmatiza??o e combater as desinforma??es. Também exige o fortalecimento da coopera??o no desenvolvimento de ferramentas de diagnóstico, métodos de tratamento, medicamentos e vacinas e esfor?os contínuos para descobrir as fontes animais do vírus, bem como avaliar a resposta da OMS ao surto no momento apropriado, disse Zhao.

"Tudo isso está em consonancia com a posi??o da China e atende à aspira??o compartilhada da esmagadora maioria dos países da comunidade internacional", disse Zhao, acrescentando que a China participou ativamente das consultas e é um dos mais de 140 co-patrocinadores do projeto de resolu??o.

No que diz respeito às quest?es de rastreamento da origem do vírus, a resolu??o refere-se basicamente à reda??o recomendada pelo Regulamento Sanitário Internacional em 1o de maio e limita estritamente o escopo da pesquisa a fontes animais, hospedeiros intermediários e rotas de transmiss?o. Isso é com o objetivo de lidar melhor com a pandemia no futuro pela comunidade internacional, disse Zhao: "Isso também é o que é sugerido pela OMS e pelo diretor-geral da OMS Tedros Adhanom Ghebreyesus".

"De fato, alguns países solicitaram que o rastreamento da origem do vírus fosse priorizado durante a consulta, mas a grande maioria dos países acreditava que o foco atual deveria ser na preven??o e controle da pandemia", disse o porta-voz, ressaltando que isso demonstra que n?o há "mercado" para politizar a quest?o do rastreamento da origem.

Em rela??o às quest?es de avalia??o da OMS, a resolu??o prop?e que ela seja conduzida após consultas entre o diretor-geral da OMS e os Estados-membros. A avalia??o visa revisar a experiência da OMS em resposta à pandemia e produzir sugest?es para trabalhos futuros, disse Zhao.

A OMS avaliou as respostas tanto à gripe H1N1 quanto ao Ebola. A avalia??o é uma prática padr?o da OMS após uma grande pandemia e exige que o processo seja gradual, imparcial, independente e abrangente, em vez de ser monopolizado por alguns países, disse ele.

"A China espera que a resolu??o adotada pela AMS seja implementada de forma completa e precisa", disse ele.

Em termos do boato divulgado por alguns meios de comunica??o alegando que a China foi "compelida" a ser co-patrocinadora da resolu??o, Zhao respondeu dizendo que isto é "um absurdo total".

O fato é que a China, juntamente com a maioria dos países, esmagou resolutamente as inten??es de países específicos para politizar quest?es de rastreamento de fontes e avalia??o e garantiu a objetividade e a equidade da resolu??o, enfatizou Zhao.

"Aconselhamos os países específicos a n?o fabricar mentiras e buscar desculpas para suas falhas", disse ele.