Por Zhao Peng e Zhu Rongpeng, Diário do Povo
No ano de 2018, o Instituto de Ecologia Marinha da Academia de Ciências Marinhas e de Pescas de Hainan foi incumbido da tarefa de recuperar a vegeta??o marinha no fundo do oceano nas zonas costeiras. Este ano, a província prop?s levar a cabo o restauro do Canal do Porto Qinglan e o restabelecimento da flora marinha.
Nos últimos anos, devido à descarga permanente de poluentes e aos projetos de constru??o costeira, os ecossistemas marinhos têm sido degradados ao longo do tempo. A flora do solo oceanico está rapidamente desaparecendo, formando um “deserto” marinho.
“O desaparecimento da fauna marinha tem um impacto enorme no ecossistema”, afirma Wu Zhongjie, diretor do Instituto de Ecologia. “A fauna no solo oceanico pode promover a circula??o de elementos ecológicos marinhos, prevenindo que partículas nocivas se mantenham na água e melhorando a qualidade do ambiente”.
As popula??es falam também da degrada??o das águas que, ao perderem a flora, perderam também a fauna. Devido ao desaparecimento das plantas marinhas, muitos peixes perderam o seu habitat, contribuindo para um decréscimo alarmante da biodiversidade e afetando a atividade piscatória
Após algumas investiga??es a baía de Gaolong foi identificada como uma área de restauro artificial. As equipas científicas selecionaram dois tipos de plantas aquáticas para testar a sua adapta??o, com vista a monitorar a sua prolifera??o.
Os líderes do projeto decidiram adotar duas estratégias: planta??o artificial e crescimento natural, com suplemento de fertilizantes artificiais.
Chen Shiquan, um dos membros da equipe explica que os materiais usados para colocar as plantas no fundo do mar podem ser removidos e reutilizados, permitindo a reposi??o da flora aquática ao longo de toda a extens?o que se pretende requalificar.
Em mar?o de 2020, o Instituto de Ecologia da China anunciou que a taxa média de sobrevivência dos fragmentos da planta Tailai era superior a 56% e a cobertura média da área de requalifica??o superou os 5%; a taxa média de sobrevivência dos fragmentos de Haichangpu ficou acima de 89%, a cobertura média da área reparada foi superior a 22%.