No dia em que o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, chegou a Londres, iniciando sua curta visita ao Reino Unido em meio à deteriora??o dos la?os China-Reino Unido, o governo britanico anunciou que suspenderia seu tratado de extradi??o com a Regi?o Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK), um movimento que inflama ainda mais a linha com a China.
Tal movimento pode ser visto como "um presente" que Boris Johnson ofereceu ao governo Trump em troca de mais fichas de barganha por um possível acordo comercial EUA-Reino Unido, o que pode comprometer ainda mais os la?os com a China. Especialistas disseram que é mais um movimento "simbólico" do que um impacto real.
"O governo decidiu suspender o tratado de extradi??o imediata e indefinidamente", informou o secretário de Rela??es Exteriores do Reino Unido, Dominic Raab, na segunda-feira (20), e o Reino Unido se tornou o terceiro país a adotar essa medida depois do Canadá e da Austrália, com o objetivo de se opor à Lei de Seguran?a Nacional de Hong Kong.
A RAEHK possui acordos de extradi??o com cerca de 20 países, incluindo EUA, Reino Unido, Canadá, Austrália e Alemanha. Meio mês após a entrada em vigor da Lei de Seguran?a Nacional da China para a RAEHK, o Canadá se tornou o primeiro país a anunciar que estava encerrando o tratado com a RAEHK.
Autoridades e estudiosos chineses alertaram anteriormente que o término do acordo de extradi??o com a RAEHK é extremamente perigoso, pois é muito provável que prejudique ainda mais as rela??es China-Reino Unido.
O Reino Unido pagará o pre?o por suas a??es contra a China, e o governo chinês em breve tomará contra medidas em resposta à última a??o do Reino Unido, alguns observadores.
Um Reino Unido em declínio está enfrentando crescente press?o dos EUA para "escolher um lado" sobre o assunto de Hong Kong. No entanto, esse movimento tem implica??es mais "simbólicas" do que um impacto real na RAEHK e no continente chinês, Li Xiaobing, especialista em estudos de Hong Kong, Macau e Taiwan na Universidade Nankai em Tianjin, disse na segunda-feira ao Global Times.
"Embora esses países tenham encerrado os tratados de extradi??o com a RAEHK, se eles continuarem mantendo um relacionamento com a China, sempre teremos maneiras de responsabilizar os fugitivos", disse Li.
O término do acordo de extradi??o com a RAEHK n?o terá um impacto significativo na aplica??o da lei na cidade, e os países que adotaram medidas imprudentes podem enfrentar maiores riscos, pois os fugitivos que violam a lei em Hong Kong podem fugir para países como o Reino Unido, que provavelmente se tornará um paraíso para crimes, disseram alguns analistas.
No entanto, as autoridades policiais de Hong Kong e do continente chinês sempre poder?o responsabilizar os fugitivos por diferentes meios, como a coopera??o policial internacional, disse John Lee Ka-chiu, secretário de Seguran?a de Hong Kong, ao Global Times em uma entrevista recente.