Zhong Sheng

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, proferiu um discurso na semana passada, onde desfere ataques maliciosos ao Partido Comunista Chinês e ao sistema social da China, fazendo acusa??es infundadas às políticas domésticas e externas da China, respondendo pelos interesses de algumas autoridades de alto escal?o do governo dos EUA. A série de absurdos contrários aos fatos é refor?ada pelo mofo da retórica da Guerra Fria e do preconceito ideológico. Quanto mais alguns políticos americanos ficam obcecados com a revers?o das normas internacionais, mais a comunidade internacional fica dividida.

Pompeo afirmou inclusive que a inten??o original dos EUA no estabelecimento de rela??es com a China visava “mudar a China”, e que estava “desapontado” por este objetivo n?o ter sido alcan?ado. Deste modo, foi deliberado que um conjunto de supress?es teria de ser imposto sobre a China. Isto é um pensamento hegem?nico, motivado por uma lógica absurda de expansionismo e pelas ambi??es políticas pessoais de Pompeo e outros, bem como uma viola??o das normas das rela??es internacionais.

Cópia do texto original do Comunicado Conjunto Sino-Americano de 28 de fevereiro de 1972 em exibi??o na Biblioteca Nixon. Foto de arquivo

Na Biblioteca Nixon está em exibi??o uma cópia do texto original do Comunicado Conjunto Sino-Americano, publicado a 28 de fevereiro de 1972. O documento refere: “Os sistemas sociais e políticas externas da China e dos EUA s?o fundamentalmente diferentes. No entanto, ambas as partes concordam que todos os países, independentemente de seus sistemas sociais, devem respeitar a soberania e integridade territorial um do outro, n?o infringindo ou interferindo nos assuntos do outro país.

Os princípios dos assuntos domésticos, igualdade, benefício mútuo e coexistência pacífica s?o usados nas rela??es entre as na??es. Pompeo, como atesta a sua interven??o, deliberadamente escolheu a propaga??o de um “vírus político” que distorce a história e busca o conflito. Esta provoca??o é também desrespeitosa para com vários políticos americanos, incluindo o presidente Nixon, que fez vários contributos históricos para a normaliza??o das rela??es entre os dois países. Enquanto chefe da diplomacia dos EUA, Pompeo danifica e compromete a credibilidade internacional dos EUA.

Deve ser enfatizado que, no que concerne ao sistema social, a China n?o pretende mudar os EUA. Por seu turno os EUA n?o podem mudar a China. A lideran?a do Partido Comunista da China é a maior vantagem do socialismo com características chinesas. Nos 71 anos desde a funda??o da Nova China, sob a lideran?a do PCCh, o povo chinês embarcou num caminho de desenvolvimento adequado para as condi??es nacionais do país, tendo alcan?ado grandes sucessos que atraíram a aten??o internacional.

Estátuas do cumprimento histórico entre Richard Nixon e Zhou Enlai em exibi??o na Biblioteca Nixon. Foto de arquivo

A história e os fatos comprovam que a escolha de desenvolvimento da China é correta e granjeia o apoio firme do seu povo. Um inquérito recente emitido pelo Centro Ash para a Governan?a Democrática e Inovadora na Kennedy School of Government, na Universidade de Harvard apurou que a satisfa??o dos chineses com o seu governo é a mais alta das últimas décadas, excedendo os 93%. Qualquer tentativa dos políticos americanos de bloquear e comprometer a unidade do PCCh na sua jornada de liderar o povo chinês está fadada ao “completo fracasso”.

Alguns políticos americanos têm atacado repetidamente a China recentemente, simplesmente para desviar a aten??o do público americano e escapar da press?o política imposta por vários problemas domésticos. Esta maximiza??o de interesses pessoais sem limites almeja apenas os resultados eleitorais favoráveis.

Alguns políticos americanos criam deliberadamente oposi??es ideológicas, intimidam abertamente outros países para escolherem quem apoiam e confrontam a China para satisfazer os interesses dos EUA. Isto é lamentável. “Cada país tem o direito inalienável de escolher o seu sistema político, econ?mico, social e cultural sem qualquer interferência de países terceiros”. Assim confirma a Declara??o de Princípios da Lei Internacional para o Estabelecimento de Rela??es Amistosas e de Coopera??o entre Países, sendo universalmente reconhecido e adotado pelos membros da comunidade internacional. Qualquer país com consciência e independência de espírito n?o permitirá que os EUA criem exce??es a este consenso.

A história provará eventualmente que quaisquer tentativas contra o desejo do povo da China e dos EUA de refor?ar o intercambio e a coopera??o n?o triunfar?o. Os políticos americanos devem abandonar a mentalidade de Guerra Fria e mover esfor?os para repor a normalidade das rela??es bilaterais.