O departamento de imprensa do Ministério das Rela??es Exteriores da China apresentou uma representa??o solene aos repórteres da BBC em Beijing pela produ??o e divulga??o das notícias falsas sobre Regi?o Aut?noma Uigur de Xinjiang.
A reportagem do correspondente da BBC News, John Sudworth, foi publicada nos dia 4 e 6 nas vers?es em inglês e chinês. Apenas baseado em um vídeo filmado por um traficante de drogas e certas mensagens de celular, o artigo alegou que “o governo chinês prendeu um grande número de pessoas da etnia uigur em um campo de deten??o e os torturou”. Sem a verifica??o, o texto está repleto de preconceitos ideológicos, o que violou gravemente a ética profissional jornalística e enganou o público, provocando efeito maldoso.
A Chancelaria chinesa exortou que a BBC corrija imediatamente os erros e elimine as influências maléficas, deixando de lado os preconceitos para fazer a cobertura da China de forma justa e objetiva.
Sendo a institui??o de radiodifus?o pública mais antiga do mundo, a BBC tinha ideal próprio no início. Seu primeiro gerente, John Reith, sonhava em “eliminar toda a ignorancia e os sofrimentos do mundo”, dado à experiência na Primeira Guerra Mundial. O Reithianismo foi aplaudido e apoiado pelos funcionários e ganhou para BBC uma reputa??o mundial. é uma pena que essa marca da mídia já se afastou dos seus valores e se transformou em uma “fábrica de Fake News”, como descreveu o escritor David Sedgwick.
Em 2018, a BBC produziu uma série de documentários focados em notícias falsas, apontando que a “fake news consiste uma quest?o global e afeta profundamente a forma como nós compartilhamos informa??es e percebemos o mundo ao nosso redor”. Os casos revelados como exemplo negativo aconteceram principalmente na áfrica e na ásia, enquanto o Reino Unido e outros países europeus n?o foram citados nem criticados. Isso faz com que a audiência considere erroneamente que as notícias falsas podem ser produzidas em qualquer lugar do mundo, e apenas a BBC diz a verdade. Mas o que está ocorrendo de verdade?
Deve-se lembrar que, em 23 de outubro do ano passado, a polícia britanica encontrou 39 corpos em um caminh?o no parque industrial em Essex. Naquele momento, as mídias ocidentais, inclusive a BBC, n?o podiam esperar a investiga??o oficial e alegaram que todas as 39 vítimas seriam imigrantes ilegais da China. Uma semana depois, a polícia britanica divulgou os resultados da investiga??o, mostrando que as vítimas eram cidad?os vietnamitas. A trama se inverteu em pouco dias. Que ironia para esta mídia que ostenta sua vis?o objetiva, neutra e imparcial.
Num artigo publicado no jornal The Guardian, o escritor britanico David Boyle comentou que "a BBC é bem versada na maneira de usar as notícias como arma para travar a guerra". De fato, a imprensa coopera ainda com as organiza??es de inteligência. A própria BBC Radio 4 revelou uma história relacionada no seu programa "Arquivos". Em1953, quando o primeiro-ministro iraniano, Mohammad Mossadeq, anunciou a nacionaliza??o do petróleo, a BBC coordenou com a CIA e o MI6 para estimular um golpe, o que for?ou a renúncia do primeiro-ministro eleito do Ir?.
O livro "Fake News Factory", publicado em janeiro deste ano, indica claramente que hoje poucas pessoas continuam acreditando na BBC, explicando que "ela, como máquina delicadamente ajustada, está espalhando um monte de conteúdos, e a maior parte das informa??es visa enganar, intimidar e irritar o público".
Investigar e dizer a verdade s?o o dever da imprensa. Porém, a BBC está muito longe dos seus ideais de jornalismo.