Salvaguardar e estabilizar as rela??es entre a China e os Estados Unidos impacta na paz, estabilidade e desenvolvimento do mundo, afirmou Sonia Bressler, escritora e sinóloga francesa, em uma entrevista concedida neste sábado à Xinhua.
"As rela??es entre a China e os Estados Unidos est?o entre as rela??es bilaterais mais importantes do mundo. Salvaguardar e estabilizar as rela??es China-EUA diz respeito ao bem-estar do povo chinês e americano e das pessoas no mundo. Também se relaciona com a paz, a estabilidade e o desenvolvimento do mundo", disse Bressler, citando um recente artigo de Yang Jiechi, membro do Bir? Político do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCC) e diretor do Escritório da Comiss?o de Assuntos Exteriores do Comitê Central do PCC.
Desde o histórico encontro entre Richard Nixon e Mao Tsé-Tung em 1972, e o estabelecimento das rela??es diplomáticas em 1979, o desenvolvimento das rela??es China-EUA conquistou grandes progressos em vários ambitos para ambos os países, além do rápido desenvolvimento da economia mundial, disse.
A coopera??o entre os dois países "alcan?ou grandes feitos em benefício dos dois países e do mundo", disse Bressler, acrescentando que "seu confronto será um desastre para ambas as partes e para o mundo".
"Porém, nos últimos anos, notamos um obstinado furor contra a China através da imprensa ocidental. Esta desconfian?a tem consequências econ?micas, políticas e humanas desastrosas. A estabilidade (das rela??es China-EUA) é agora mais necessária do que nunca", disse a especialista.
"Como manter esta estabilidade? Que método aplicar para retornar a este ponto de vista estratégico e de perspectiva de longo prazo? Como permanecer pragmático, particularmente quando o prisma dos meios de comunica??o ocidentais faz da China um inimigo aos olhos da opini?o pública? Estas s?o as quest?es", comentou.
Para a especialista francesa, a política unilateral e protecionista de Washington está infligindo graves danos às rela??es internacionais.
"é mais fácil apontar um inimigo externo para solucionar um conflito interno específico do sistema econ?mico ocidental".
Quanto ao conceito de "Guerra Fria" que surge na imprensa ocidental, Bressler alarmou que o uso dessa express?o serve para gerar estresse e temores "que geralmente combinam com reflexos de rejei??o, que podem variar de mera violência verbal à agress?o, podendo chegar a uma guerra".
Seguindo a mesma lógica, com as interferências em Taiwan, Hong Kong e Xinjiang, os Estados Unidos se prop?em também a forjar sistematicamente a figura do inimigo perante o Ocidente. "Este é um jogo muito perigoso que os Estados Unidos est?o fazendo", disse Bressler. "Tal interferência é extremamente perigosa para a harmonia do mundo."
Bressler acredita que a compreens?o entre as duas partes ainda é possível e a Europa deve desempenhar o papel de mediador, citando como exemplo a revista Diálogo criada conjuntamente por especialistas franceses e chineses para estabelecer conex?es e promover intercambios.
"Devemos entender coletivamente ... a 'comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade' proposta pela China", disse a especialista francesa.
"N?o é de modo algum uma quest?o de guerra ou de fogo", disse ela, concluindo que os Estados Unidos e o Ocidente deveriam refletir sobre o que ensina um antigo provérbio chinês: "A guerra é como o fogo, quando prolongada, coloca em perigo todos aqueles que a provocam."