O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, disse no sábado que seu governo estava pronto para conversar frente a frente com o Jap?o a qualquer momento a fim de resolver uma longa quest?o sobre as vítimas sul-coreanas de trabalho for?ado pelo Jap?o durante a Segunda Guerra Mundial.
“Nosso governo está pronto para conversar frente a frente com o governo japonês a qualquer momento,” disse Moon em seu discurso televisionado para marcar o 75o aniversário da liberta??o da Península Coreana do domínio colonial japonês de 1910-45.
"O governo respeita a decis?o do judiciário e consultou o governo do Jap?o sobre uma resolu??o tranquila, com a qual as vítimas (sul-coreanas) podem concordar", disse Moon.
Moon observou que a Coreia do Sul atualmente deixou a porta para consultas com o Jap?o "totalmente aberta" sobre a quest?o do trabalho for?ado.
Quatro vítimas sul-coreanas, que foram for?adas a trabalhos pesados ??sem remunera??o durante a era colonial, entraram com um processo de indeniza??o em 2005 contra uma siderúrgica japonesa. Entre as quatro vítimas, Lee Chun-sik é o único requerente sobrevivente por causa da idade avan?ada.
Ele foi seguido por outras vítimas de trabalho for?ado durante a guerra e suas famílias entrando com a??es de indeniza??o contra empresas japonesas.
A Suprema Corte da Coreia do Sul proferiu uma decis?o em 2018 que ordenou que algumas empresas japonesas pagassem indeniza??o às vítimas.
O Jap?o alegou que todas as quest?es da era colonial foram resolvidas por meio de um tratado bilateral de 1965 que normalizou as rela??es diplomáticas entre Seul e Tóquio, mas o tribunal superior sul-coreano decidiu que o acordo de estado para estado n?o envolvia o direito dos indivíduos à repara??o.
Referindo-se ao requerente sobrevivente, Lee Chun-sik, Moon disse, "nós confirmaremos o fato de que proteger a dignidade de um indivíduo nunca será uma perda para o país".
Em um aparente protesto contra a decis?o do tribunal sul-coreano, o Jap?o aumentou o controle em julho do ano passado sobre sua exporta??o para a Coreia do Sul de três materiais vitais para a produ??o de chips de memória e painéis de exibi??o que s?o o sustento das exporta??es sul-coreanas.
Em agosto do ano passado, o Jap?o retirou a Coreia do Sul de sua lista branca de parceiros comerciais confiáveis ??que recebem procedimento de exporta??o preferencial. Em resposta, Seul removeu Tóquio de sua lista de permiss?es de parceiros de exporta??o confiáveis.
Enquanto isso, Moon fez aberturas de paz em rela??o à República Popular Democrática da Coréia (RPDC).
"Uma verdadeira liberta??o é que os sonhos e vidas de cada pessoa s?o garantidos em uma Península Coreana pacífica, segura e unificada. Nosso esfor?o para a paz e a coopera??o inter-coreana tem como objetivo permitir que as pessoas do Sul e do Norte vivam juntas em seguran?a", disse Moon0.
Moon expressou sua esperan?a de que as duas Coreias possam cooperar mais estreitamente em áreas como saúde, silvicultura e tecnologia agrícola.
“A coopera??o inter-coreana é a melhor política de seguran?a para evitar a dependência do poder nuclear e militar para ambas as Coreias,” observou Moon.
Moon prometeu estabelecer as bases para a verdadeira liberta??o, se livrando permanentemente das amea?as de guerra na península conforme combinado no acordo de Panmunjom.
O acordo Panmunjom foi assinado por Moon e o líder da RPDC, Kim Jong Um, após sua primeira cúpula em abril de 2018 na vila de trégua inter-coreana de Panmunjom.
Isso levou à primeira cúpula RPDC-EUA entre Kim e o presidente dos EUA, Donald Trump, mas as negocia??es de desnucleariza??o entre Pyongyang e Washington foram paralisadas desde que a segunda cúpula Kim-Trump terminou sem acordo em fevereiro de 2019 na capital vietnamita de Hanói.
Em junho de 2020, a RPDC destruiu o prédio de escritórios de liga??o inter-coreano que foi inaugurado em setembro de 2018 para as comunica??es 24 horas entre as duas Coreias e cortou todas as linhas de comunica??o com Seul desde ent?o.
Antes da demoli??o, a RPDC atacou repetidamente a Coreia do Sul em protesto contra os panfletos de propaganda contra a RPDC enviados por desertores e ativistas através da fronteira inter-coreana.