Por Beatriz Cunha
Em meio a opini?es controversas, estados brasileiros como S?o Paulo e Rio de Janeiro autorizam a reabertura de escolas a partir de 8 de setembro. O retorno oficial, no entanto, está previsto para 7 de outubro, segundo noticiou o G1.
O Grupo de Trabalho da pneumonia do Novo Coronavírus (A??o Covid-19) e a Rede pública de escolas e universidades (Repu) simularam um estudo mostrando que mesmo que os requisitos de saúde sejam todos cumpridos, há possibilidade do aumento da transmiss?o do vírus, segundo noticiou na segunda-feira (24) o canal “notícias da América do Sul no exterior” em sua conta do Wechat.
Conforme o estudo, após dois meses do retorno à escola, 10% a 46% dos alunos e funcionários ser?o infectados com o novo vírus. A situa??o da transmiss?o irá variar conforme as diferentes condi??es de cada escola.
Segundo a notícia, o estudo se baseou dos dados divulgados pelo governo. Em S?o Paulo, o governo de Jo?o Doria informou que uma média de 35% dos alunos retornará as escolas.
Segundo o professor de Políticas Educacionais da Universidade Federal ABC (UFABC), Fernando Cássio, integrante da Repu, a pesquisa foi desenvolvida tendo dois modelos escolares, um com ambiente mais denso, e outro com mais espa?o livre, informou o canal de notícias da América do Sul no exterior.
Os resultados da pesquisa mostraram que após 60 dias letivos poderá ocorrer 0,3% de óbitos nas escolas mais lotadas, e uma média de 46,35% de infectados.
Nas escolas mais dispersas, a propor??o seria de 10,76% de novos infectados e 0,03% de óbitos.
Pesquisadores ainda simularam o número máximo de alunos nas escolas de modo a minimizar a dissemina??o da Covid-19. Indicando que o ideal seria n?o ultrapassar 20,27% do número total para escolas dispersas, e 6,86% para escolas lotadas.
A Secretaria de Educa??o do Estado de S?o Paulo afirmou que ainda é cedo para tirar conclus?es e fará uma avalia??o mais detalhada dessa ferramenta de cálculo de simula??o.
Também na segunda-feira, o Jornal Nacional, do G1, noticiou que as crian?as correm mais riscos de serem contaminadas estando em casa do que na escola, conforme um estudo inglês.
O governo britanico, após analisar dados de 50 mil escolas, concluiu que o risco de contágio dentro de casa é maior do que nas escolas, uma vez que no geral as crian?as foram infectadas por um dos genitores.
Segundo o governo britanico, em junho mais de 1 milh?o de alunos retornaram às aulas, os alunos causaram 8 surtos, entre 30 alunos detectados com Covid-19.
Nesse período, 128 funcionários pegaram Covid-19, tendo os contágios ocorrido na sala dos professores e cantinas.
O uso de máscaras n?o é exigido pelas autoridades de saúde da Inglaterra, no entanto, o governo solicita maior distanciamento e circula??o de ar nas escolas.
A Organiza??o Mundial de Saúde recomenda que adolescentes com mais de 12 anos usem máscaras, uma vez que seu poder de contágio é semelhante ao dos adultos.
O principal consultor médico do governo britanico acredita que o aumento do risco de transmiss?o n?o está atrelado ao convívio entre as crian?as, mas ao encontro das famílias no port?o da escola, e a volta dos pais para o trabalho, uma vez que tem onde deixar os filhos.