Após a reabertura no final de fevereiro e início de mar?o, as fábricas da China passaram por um aumento nas exporta??es que ainda está acelerando. As exporta??es subiram em julho para o segundo maior nível de todos os tempos, quase igualando o pico recorde em dezembro passado, de acordo com um artigo intitulado "A pandemia apenas alimentou a máquina de exporta??o da China", publicado no The New York Times nesta ter?a-feira.

De acordo com o artigo, a China abocanhou uma parcela muito maior dos mercados globais neste ver?o de outros países manufatureiros, consolidando um domínio no comércio que pode durar muito tempo, depois de o mundo come?ar a se recuperar da pandemia.

Com m?o-de-obra de baixo custo e experiente e infraestrutura eficiente, bem como empréstimos extras concedidos pelos bancos estatais para as pequenas e grandes empresas para lidar com a pandemia, a China está mostrando forte capacidade de exporta??o, que n?o foi afetada pela COVID-19 nem pelas tarifas americanas, disse o artigo.

De acordo com o artigo, a maioria das economias, exceto a China, est?o atualmente em recess?o. A China está fabricando o que os hospitais e famílias do mundo precisam agora: equipamentos de prote??o pessoal, produtos de melhoria de casa e muitos eletr?nicos de consumo. Consumidores de todo o mundo têm comprado tudo, desde telas de computador e sistemas estéreo até ferramentas elétricas e saunas caseiras, muitas dos quais s?o feitos na China.

O artigo dá exemplos. A Hongyuan Furniture, na cidade de Guangzhou, no sul da China, contratou 50 trabalhadores extras depois que as encomendas de exporta??o para suas saunas domiciliares mais do que dobraram este ano. A Hongyuan disse que ainda n?o encontrou nenhuma nova concorrência dos fabricantes de saunas caseiras com sede em outros lugares, apesar de enfrentar tarifas americanas de 25% nos últimos dois anos.

A Trueanalog, na cidade de Zhongshan, no sul do país, descartou deslocar a produ??o de seus alto-falantes estéreo de alta gama para os Estados Unidos, seu principal mercado, ou para o Vietn?, onde os salários podem ser ainda mais baixos. Sejam ím?s, cones de papel ou espuma de borracha, a China domina a produ??o mundial dos componentes que v?o para os alto-falantes que est?o montando.

"A China tem a maior cadeia de suprimentos de pe?as que você precisa para fazer um alto-falante, e a China tem a m?o-de-obra mais estável e acessível", disse Philip Richardson, proprietário americano da Trueanalog, citado pelo artigo.

Rajiv Biswas, economista-chefe para a ásia da IHS Markit, uma empresa global de dados e consultoria, disse que a participa??o da China nas exporta??es mundiais subiu para quase 20% no segundo trimestre deste ano, contra 12,8% em 2018 e 13,1% no ano passado, de acordo com o artigo. A China agora parece forte nas exporta??es em muitos setores. O superávit comercial da China aumentou acentuadamente neste ver?o, especialmente em julho.