A agência de classifica??o internacional de risco Moody's afirmou nesta ter?a-feira que o Brasil já superou o pior momento da crise econ?mica causada pela pandemia da COVID-19, mas alertou que a dívida bruta passou de 76% em 2019 para uma proje??o de 95% este ano.
Em um relatório, a Moody's assegurou que a recupera??o dos indicadores da atividade econ?mica registrada nos últimos meses sugere que a recess?o será menos severa que a prevista pelos investidores.
Para a agência, o deficit fiscal do Brasil este ano chegará a 14,7% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto a dívida do governo se aproximará dos 95% em 2021 devido aos gastos para enfrentar a pandemia.
"A retomada da consolida??o fiscal, como indica o Or?amento, daria apoio à qualidade de crédito do Brasil, embora a proposta de amplia??o do gasto social seja um risco de eleva??o de despesas", afirma o relatório da agência.
A Moody′s, que classifica a nota do Brasil como Ba2 com perspectiva estável, destacou ainda que a dinamica política apresenta alguns riscos à consolida??o fiscal e às reformas para estimular o crescimento.
Segundo a agência, a proposta do governo brasileiro de unificar impostos federais e os esfor?os para avan?ar com a reforma administrativa sinalizam um compromisso com as reformas estruturais.
"As perspectivas para a nota de crédito do país depender?o do ritmo e do grau de recupera??o econ?mica e consolida??o fiscal", afirmou
Para a Moody's, os riscos políticos e a press?o para ampliar os programas sociais além de 2020 representam um risco material para o teto de gastos em 2021 e nos anos seguintes. A agência avaliou que romper esse limite pode fazer com que a dívida do governo continue subindo, o que pressionará a nota de crédito do país.
Para este ano, a Moody's projeta uma retra??o no Brasil de 6,2%, superior à previs?o do governo de 4,7%, enquanto que para 2021 estima uma expans?o de 3,6%.