O conselheiro de Estado e ministro das Rela??es Exteriores da China, Wang Yi, conversou por telefone com seu homólogo brasileiro, Ernesto Araujo, na sexta-feira, concordando que a China e o Brasil v?o intensificar ainda mais sua coopera??o prática.
Wang disse que o presidente chinês, Xi Jinping, e o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, trocaram visitas com sucesso no ano passado e mantiveram muitas conversas telef?nicas e se enviaram cartas desde o surto da pandemia da COVID-19, apontando a dire??o para o desenvolvimento das rela??es bilaterais.
Na próxima etapa, os dois lados devem continuar a implementar o importante consenso alcan?ado pelos chefes de Estado dos dois países, adaptar-se a uma nova situa??o para a preven??o e controle da epidemia de longo prazo com uma base regular, focar na "era pós-epidêmica", ater-se firmemente ao tom principal de coopera??o amigável entre a China e o Brasil e impulsionar as rela??es bilaterais de forma constante, de acordo com Wang.
A China e o Brasil s?o importantes mercados emergentes, e n?o há conflito fundamental de interesses entre eles, com a coopera??o superando muito a competi??o e o consenso superando as diferen?as, disse Wang.
Como grandes países, a China e o Brasil seguem o caminho da independência e do desenvolvimento pacífico e respeitam a soberania nacional e a integridade territorial de cada um, que constituem a base política das rela??es entre os dois países, afirmou.
A China deseja continuar a fortalecer a coordena??o e a coopera??o com o Brasil nos assuntos internacionais e regionais, garantir os interesses comuns dos dois países, salvaguardar a autoridade do direito internacional, erguer a bandeira do multilateralismo, promover a democratiza??o das rela??es internacionais e promover o desenvolvimento da ordem internacional em uma dire??o mais justa e razoável, disse.
Wang assinalou que, apesar do severo impacto da pandemia, a coopera??o pragmática entre os dois países ainda está crescendo, o que demonstrou plenamente que as rela??es China-Brasil têm uma base profunda, forte resiliência, assim como benefícios mútuos, e que as duas economias têm vantagens complementares distintas e enorme potencial de desenvolvimento.
A China continuará a abrir seu mercado para os produtos agrícolas de alta qualidade do Brasil e dar boas-vindas ao Brasil para participar da 3a Exposi??o Internacional de Importa??es da China, assinalou Wang.
Observando que a China está disposta a expandir a coopera??o de investimento com o Brasil em várias áreas, incluindo petróleo e gás, eletricidade, minera??o e constru??o de infraestrutura, Wang disse que os dois lados criar?o um "novo altiplano" de coopera??o científica e inova??o e promover?o novas plataformas de coopera??o, como a digital economia, energia limpa, agricultura inteligente, telemedicina, cidades inteligentes, comunica??es 5G e big data, de modo a promover a moderniza??o industrial e a transforma??o digital dos dois países.
Ao mesmo tempo em que fazem um bom trabalho na preven??o e controle da pandemia, a China e o Brasil também devem estabelecer "canais rápidos" para trocas de pessoal e canais verdes para a circula??o de mercadorias, afirmou Wang.
Araujo agradeceu à China por fornecer assistência material antipandêmica ao Brasil, dizendo que seu país está disposto a fortalecer ainda mais sua coopera??o com a China na pesquisa, desenvolvimento e produ??o de vacinas.
Como as duas economias emergentes de crescimento mais rápido no mundo, a China e o Brasil estabeleceram rela??es bilaterais maduras, mutuamente benéficas e estáveis, disse Araujo.
Observando que o Brasil dá grande importancia às suas rela??es com a China, Araujo disse que o Brasil está disposto a trabalhar com a China para implementar o consenso alcan?ado pelos líderes dos dois países, dar plena execu??o dos mecanismos de coopera??o existentes, aprofundar a coopera??o prática nas áreas como a agricultura , comércio e investimento, prote??o ambiental, energia limpa e economia digital, reiniciar o intercambio de pessoal em várias áreas o mais rápido possível e fortalecer a coordena??o em assuntos internacionais e regionais, de modo a impulsionar a parceria estratégica abrangente China-Brasil para um novo nível.