O governo brasileiro alertou nesta ter?a-feira que se os gastos obrigatórios n?o forem controlados haverá "trajetória explosiva" nas contas públicas e que isso provocaria um aumento dos temores dos investidores sobre a capacidade do país para pagar a dívida pública.
Em um documento divulgado nesta ter?a-feira pelo Ministério da Economia sobre o plano para a retomada econ?mica pós-pandemia, o governo afirmou que, se n?o forem feitas reformas para conter os gastos obrigatórios, haverá um aumento da taxa de juros, além da necessidade de se fazer um esfor?o significativo para conter os gastos n?o obrigatórios com um "aumento significativo da já elevada carga de impostos".
"Sob a hipótese de que o forte aumento da dívida desencadearia uma crise de confian?a, mas que após esse evento, as medidas necessárias de ajuste fiscal estrutural seriam tomadas, se projeta que o PIB per capita apresentaria um crescimento nulo ou até uma varia??o negativa no acumulado do período até 2031", segundo o texto.
Para o governo, "o quadro indica com bastante clareza o elevado custo fiscal de n?o executar medidas que garantam o equilíbrio fiscal estrutural das contas públicas e adia a resolu??o do desajuste fiscal até que medidas mais drásticas sejam necessárias".
Atualmente, o Congresso brasileiro se prepara para discutir reformas propostas pelo governo para conter os gastos obrigatórios nos próximos anos.
O objetivo do governo é tentar manter vigente o chamado teto dos gastos, que limita o aumento dos gastos públicos à varia??o da infla??o do ano anterior. Para o governo, este mecanismo mantém a sustentabilidade das contas públicas.
Segundo o documento, se forem feitas as reformas fiscais que evitem uma trajetória explosiva da dívida pública, a estabilidade econ?mica se manterá e isso geraria um crescimento econ?mico médio de 2,2% até 2031.