A porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores da China, Hua Chunying, disse na quarta-feira (2) que a raz?o pela qual a Austrália e algumas pessoas nos Estados Unidos se sentiram indignadas com um cartoon alusivo ao comportamento assassino dos soldados australianos no Afeganist?o se deve a acharem que o povo chinês n?o tem o direito de comentar.
"Eles tentam se apresentar como defensores da liberdade e da democracia, mas isso n?o passa de uma fachada ou de padr?es duplos e hipocrisia", disse Hua em uma coletiva de imprensa de rotina em Beijing.
A porta-voz comentou este tópico perante as afirma??es do primeiro-ministro australiano Scott Morrison, em que ele alega que a Austrália permanecerá fiel a seus valores e protegerá sua soberania. O porta-voz adjunto do Departamento de Estado dos EUA, Cale Brown, acusou entretanto a China de espalhar desinforma??o.
Embora o cartoon tenha sido criado com técnicas de computador por um jovem chinês, com base em fatos do relatório do Departamento de Defesa australiano, Hua disse que as fotos e as imagens das atrocidades dos soldados australianos no Afeganist?o s?o ainda mais horríveis.
"Como pode o lado australiano e algumas pessoas nos EUA acusar a China de falsificar fotografias e espalhar informa??es falsas?", disse a porta-voz.
"Por um lado, atacam e difamam os outros; por outro, n?o permitem que ninguém fale sobre suas atrocidades com evidências sólidas. Isso está de acordo com os valores nacionais australianos?", inquiriu.
Em resposta à acusa??o do porta-voz dos EUA de que a China encobre "abusos dos direitos humanos", Hua disse que a acusa??o é “a mentira do século, inventada pelas for?as anti-China na Austrália”.
De acordo com Hua, o Instituto de Política Estratégica Australiano, que recebe fundos dos EUA, disse absurdamente que todos os edifícios vedados na Regi?o Aut?noma Uigur de Xinjiang s?o centros de deten??o, quando, na verdade, essas instala??es se destinam a fins civis, como postos administrativos ou escolas.