O secretário-geral da Organiza??o das Na??es Unidas, António Guterres, pediu na quarta-feira às pessoas que fa?am as pazes com a natureza, em seu discurso proferido na Universidade de Columbia, em Nova York.
O discurso marca o início de um mês de a??o climática liderada pela ONU, que inclui a divulga??o de importantes relatórios sobre o clima global e a produ??o de combustíveis fósseis, culminando em uma cúpula do clima no dia 12 de dezembro, o quinto aniversário do Acordo Climático de Paris de 2015.
Guterres come?ou com um discurso sobre as muitas maneiras como a natureza está reagindo, com "for?a e fúria crescentes", ao mau gerenciamento do meio ambiente pela humanidade, que viu um colapso da biodiversidade, espalhando desertos e com oceanos atingindo temperaturas recordes.
A liga??o entre o Covid-19 e as mudan?as climáticas provocadas pelo homem também foi esclarecida pelo chefe da ONU, que citou que a invas?o contínua de pessoas e animais nos habitats dos animais leva ao risco de nos expor a doen?as mais mortais.
E, enquanto a desacelera??o econ?mica resultante da pandemia reduziu temporariamente as emiss?es de gases de efeito estufa prejudiciais, os níveis de dióxido de carbono, óxido nitroso e metano ainda est?o aumentando, com a quantidade recorde de CO2 na atmosfera.
Apesar desta tendência preocupante, é previsto que a produ??o de combustíveis fósseis, responsável por uma propor??o significativa dos gases com efeito de estufa, continue crescendo.
A resposta global apropriada, disse o alto funcionário da ONU, é uma transforma??o da economia mundial, acionando o "interruptor verde" e construindo um sistema sustentável impulsionado por energia renovável, empregos verdes e um futuro resiliente.
Uma maneira de alcan?ar essa vis?o é atingir emiss?es líquidas zero.
O secretário-geral disse que há sinais encorajadores nesta frente, com países como Gr?-Bretanha, Jap?o e China se comprometendo com a meta nas próximas décadas.
Guterres apelou a todos os países, cidades e empresas para que tenham como meta 2050 a data em que alcan?ar?o a neutralidade de carbono, pelo menos interromper os aumentos nacionais nas emiss?es, e para que todos os indivíduos fa?am sua parte.
O secretário-geral encerrou seu discurso com uma nota de esperan?a, em meio à perspectiva de um mundo novo e mais sustentável, em que as mentalidades est?o mudando, levando em considera??o a importancia de reduzir a marca de carbono que cada um deixa.