O Instituto Butantan, no Brasil, anunciou nesta quarta-feira que a vacina CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório privado chinês Sinovac Life Science, atingiu um índice de eficácia superior ao mínimo recomendado pela OMS (Organiza??o Mundial de Saúde) nos testes com cerca de 13 mil voluntários brasileiros.
Os dados corroboram que a vacina é a mais segura entre as testadas no país e que atingimos um número de eficácia acima do necessário segundo os padr?es da OMS e a Agência Nacional de Vigilancia Sanitária (Anvisa), disse Dimas Covas, diretor do instituto, em uma coletiva de imprensa.
A eficácia mínima exigida pela OMS é de 50%, acrescentou.
Também estiveram presentes na conferência o secretário de Saúde do governo do Estado de S?o Paulo, Jean Gorinchteyn, e Jo?o Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência da Covid-19 de S?o Paulo.
"Atingimos o limiar da eficácia que permite o processo de solicita??o de uso emergencial da vacina, seja no Brasil ou na China", disse Covas, acrescentando que é um dia histórico para a ciência brasileira e uma esperan?a para os brasileiros.
A encomenda da vacina da Sinovac faz parte de um contrato entre o Estado de S?o Paulo e o laboratório chinês, informou o diretor do instituto.
O estado fechou um contrato com a Sinovac Life Science em junho para desenvolver a vacina CoronaVac no Instituto Butantan, o principal fornecedor de vacinas para o Ministério da Saúde brasileiro e a maior fabricante de vacinas contra gripe do Hemisfério Sul, de acordo com o site do instituto.
Gorinchteyn, secretário estadual de Saúde de S?o Paulo, disse que as autoridades esperam iniciar em todo o estado a vacina??o dos trabalhadores essenciais e daqueles em maior risco em 25 de janeiro de 2021, depois que a CoronaVac for registrada na Anvisa. O contrato prevê um total de 46 milh?es de doses até o final de fevereiro.
A CoronaVac foi oficialmente incorporada pelo Ministério da Saúde do Brasil em sua campanha nacional de vacina??o contra Covid-19 de 2021.
Segundo o secretário, uma remessa com insumos para 5,5 milh?es de doses chegará ao aeroporto internacional de Campinas na quinta-feira, elevando para 10,8 milh?es o total das doses da vacina CoronaVac em solo brasileiro.
Covas disse que o contrato com a Sinovac permite que o Instituto Butantan fa?a acordos com países na regi?o em coopera??o e aquisi??o de vacinas.
Há contratos em fase de assinatura e o que está mais avan?ado até agora é com a Argentina. Devem assinar esse acordo nesta semana ou na próxima, afirmou Covas.
De acordo com ele, há contratos em negocia??o com Uruguai, Peru, Equador e Honduras. Também será feita uma oferta à Organiza??o Pan-Americana da Saúde por meio de uma licita??o, acrescentou.