No dia 12 de janeiro, o Instituto Butantan anunciou os dados sobre a eficácia dos testes da terceira fase da vacina desenvolvida pela China, em uma coletiva de imprensa realizada em S?o Paulo. Os resultados n?o d?o conta de quaisquer incidentes graves. O Estado de S?o Paulo e o Instituto Butantan solicitaram formalmente à Agência Nacional de Vigilancia Sanitária (ANS) o uso emergencial da vacina no dia 8.
O Instituto Butantan afirmou que, entre os voluntários que receberam a vacina no ensaio, n?o foram detetadas quaisquer infe??es graves ou hospitaliza??es, o que atesta que a vacina tem n?o somente a capacidade de reduzir a probabilidade de infe??o, como também de reduzir os sintomas nos casos mais graves da doen?a.
A Organiza??o Mundial de Saúde declarou que as vacinas com mais de 50% de eficácia podem ser aprovadas para uso no mercado, atestando sua capacidade de criar uma barreira imunológica eficaz na popula??o e de bloquear a propaga??o de doen?as infecciosas.
A terceira fase dos ensaios da vacina no Brasil foi realizada pelo Instituto Butantan, em coopera??o com 16 centros de pesquisa de saúde do País. Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, destacou que os ensaios s?o diferentes de outras vacinas congêneres.
O objetivo dos testes foi que os 12.508 voluntários que participaram nos ensaios pertencessem todos à equipe médica com alto risco de contrair a doen?a devido ao contato direto com pacientes infetados.
Durante o experimento, foram administradas mais de 20.000 doses da vacina, sendo que a propor??o das vacinas para o placebo foi de 1: 1 e o intervalo entre as duas doses foi de 14 dias.
Covas disse que o intervalo de 28 dias é mais útil para aumentar a taxa de prote??o, mas que, dado que os voluntários s?o a equipe médica de primeira linha, para poder gerar rapidamente uma resposta imunológica para proteger os participantes da infe??o, um intervalo foi usado no ensaio. Duas doses da vacina foram injetadas em 14 dias. Os pesquisadores disseram que a nova vacina, desenvolvida na China, demonstrou uma eficácia elevada em pessoas com risco extremamente alto de exposi??o ao vírus. Se a vacina for administrada ao público em grande escala, a eficácia real da prote??o deverá ser maior.
De acordo com o Instituto Butantan, os testes provaram que a vacina chinesa é segura. Dos voluntários que receberam a vacina, apenas 0,3% tiveram rea??es alérgicas leves. Esta propor??o n?o foi muito distinta da propor??o de rea??es alérgicas no grupo do placebo.