“Foi o melhor dos tempos, foi o pior dos tempos.” O Presidente Xi Jinping citou do escritor inglês Charles Dickens para descrever um mundo repleto de contradi??es na interven??o que fez em Davos quatro anos atrás, quando participou pela primeira vez da reuni?o anual do Fórum Econ?mico Mundial. “Por um lado, gra?as à acumula??o das riquezas materiais e à rápida evolu??o científica e tecnológica, a civiliza??o humana é mais desenvolvida do que nunca. Por outro lado, os frequentes conflitos regionais, os desafios globais como o terrorismo e as ondas de refugiados, bem como a pobreza, o desemprego e a maior diferen?a de renda exacerbam as incertezas colocadas a frente do mundo.”
Com o Covid-19, enfrentamos ainda mais incertezas do que quatro anos atrás. Nesse contexto, muitas das principais economias caíram na recess?o, e a vida dos povos foi severamente atingida. Com as medidas de conten??o, as cadeias industriais e de suprimentos s?o impactadas e o intercambio internacional sofre o “distanciamento social”, apresentando um fluxo das pessoas à beira de paralisa??o e grandes impedimentos aos fluxos de capital, tecnologia, informa??es e bens. Cresceu muito a desconfian?a da globaliza??o e do multilateralismo.
Temos de notar que, no entanto, a maioria esmagadora das pessoas mantém a confian?a no multilateralismo. Na 15a Cúpula do G20, os líderes da Alemanha, Rússia, áfrica do Sul e Argentina ressaltaram que os países deviam aderir ao multilateralismo e trabalhar juntos para responder aos desafios globais como a pandemia e a recess?o econ?mica.
A China está comprometida com o multilateralismo. “Devemos aderir ao multilateralismo para salvaguardar a autoridade e eficácia das institui??es multilaterais”, afirmou o Presidente Xi Jinping em Davos quatro anos atrás. Na Cúpula Extraordinária dos Líderes do G20 sobre o Covid-19, apelou mais uma vez o Presidente Xi à comunidade internacional pela determina??o, uni?o, resposta coletiva e uma coopera??o refor?ada para vencer a pandemia. Neste mundo globalizado, somos mais interligados do que nunca, com mais interesses entrela?ados, compartilhando o mesmo futuro.
Factos nos provam que, quem tem vis?o mais aberta da globaliza??o e está mais comprometido com o multilateralismo, tem melhor resultado na resposta à pandemia e goza de um futuro mais promissor. Se os países fechassem as portas, descartassem a divis?o do trabalho, cortassem as cadeias produtivas, incentivassem o desacoplamento econ?mico, ou cada um desenvolvesse sua própria vacina sem coopera??o internacional, seria mais devastadora a pandemia e seria mais difícil a retomada da economia mundial. De SARS, influenza aviária a Ebola, a história já deixou muito claro que as epidemias s?o somente controladas e derrubadas quando a comunidade internacional se une e se coopera.
O multilateralismo também apresenta muitos fatores positivos durante a pandemia. Nasceu o instrumento de Acesso Global de Vacinas Covid-19 (COVAX na sigla inglês), foram oferecidas facilidades aos ensaios clínicos das vacinas e s?o abertas vias rápidas para os suprimentos médicos. Países como a China doam suprimentos, enviam médicos e compartilham experiências com os outros países, interpretando com a??es concretas o que significa a comunidade do futuro compartilhado da humanidade. A assinatura do Acordo da Parceria Económica Abrangente Regional (RCEP na sigla inglês) também representa uma vitória do multilateralismo e comércio livre.
é irresistível o desaguamento das águas dos rios no mar, de mesma maneira a globaliza??o é uma tendência que ninguém consegue reverter. Como apontou o Presidente Xi, a globaliza??o é um oceano, que “n?o podemos ignorar, quer gostamos ou n?o gostamos dele.” Vivendo num mundo cheio de complexidade e desafios, o multilateralismo é a nossa escolha invariável.