As Na??es Unidas avaliam que milhares de pessoas est?o escapando das contínuas batalhas esporádicas no norte de Mo?ambique, disseram nesta ter?a-feira humanitários da ONU.

As pessoas est?o deixando Palma "a pé, de barco e por rodovia para chegar a destinos mais seguros, incluindo Pemba a cerca de 400 quil?metros no sul ao longo das costas", revelou o Escritório para a Coordena??o de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA) em uma declara??o. O fluxo de deslocados come?ou após o surto de ataques em 24 de mar?o.

As Na??es Unidas e os parceiros est?o seguindo com preocupa??es profundas os desenvolvimentos em Palma, na Província de Cabo Delgado, após os ataques feitos pelos grupos armados n?o estatais e conflitos na regi?o, segundo a declara??o.

Os colegas humanitários relatam que pessoas deslocadas incluindo crian?as est?o em condi??es horríveis, traumatizadas, feridas e com necessidade urgente de cuidado médico. Muitos viram seus membros familiares mortos e tiveram que esconder-se nos arbustos por dias, sem alimento nem água, para fugir dos homens armados que atacaram suas comunidades, disse o OCHA.

A Organiza??o Internacional para as Migra??es (IOM) disse que mais de 3.360 pessoas deslocadas de Palma chegaram aos distritos de Mangade, Mueda, Montepuez e Pemba até a segunda-feira. A agência da ONU prevê que os números continuar?o a aumentar nos próximos dias.

As Na??es Unidas e seus parceiros humanitários est?o mobilizando rapidamente pessoais e recursos para apoiar os pontos de chegada.

O Programa Alimentar Mundial oferece assistência de alimento de emergência. A IOM dá suprimentos médicos, abrigo básico, itens de casa, produtos de higiene, baldes de água e pastilhas de purifica??o de água para evitar doen?as.

A Agência de Refugiados da ONU (UNHCR) e o Fundo das Na??es Unidas para a Infancia apoiam a identifica??o das pessoas vulneráveis e a orienta??o nos pontos de chegada. A UNHCR e os parceiros hospedaram todas as crian?as desacompanhadas e m?es solteiras com famílias receptoras temporárias em Pemba.

No entanto, o OCHA disse que, como a violência piorou, mais recursos s?o necessários para ajudar as pessoas a fugirem da violência. O apelo humanitário para a crise de Cabo Delgado é apenas 1% financiado.