Especialistas em estudos internacionais receberam um relatório detalhado do China Watch Institute sobre a Regi?o Aut?noma Uigur de Xinjiang, afirmando que o relatório n?o apenas se op?e à narrativa anti-China dos países ocidentais, mas também ajudará mais as pessoas a entender as verdadeiras quest?es relativas à regi?o.
"A China revelou sua sensibilidade ao tentar produzir uma contra-narrativa", disse Asif Shuja, pesquisador sênior do Instituto do Oriente Médio da Universidade Nacional de Cingapura referindo-se ao relatório divulgado pelo think tank do China Daily.
No relatório, intitulado "Coisas para saber todas as mentiras sobre Xinjiang: como elas surgiram?", o instituto citou estatísticas, arquivos históricos e testemunhos contra as alega??es do Ocidente sobre genocídio e trabalho for?ado.
O relatório, publicado no final do mês passado, discutia a luta da China contra o terrorismo e a melhoria dos direitos humanos em Xinjiang. Ele também destacou o longo histórico dos Estados Unidos e de outros países ocidentais no apoio e financiamento de grupos separatistas e terroristas na regi?o desde a segunda metade do século XX.
Teria sido "inútil" se a China tivesse optado por descartar toda a quest?o de Xinjiang, em vez de oferecer uma réplica contundente, disse Shuja.
"O método dialético é o meio mais confiável de chegar à verdade, assim como focar na diferen?a central é o melhor meio de controlar uma narrativa construída em torno dela."
Sourabh Gupta, membro sênior do Instituto de Estudos China-América em Washington, disse que é hora de um think tank chinês publicar um relatório que pode "desmontar metodicamente uma narrativa baseada em alega??es dos EUA e do Ocidente - sobre os desenvolvimentos em Xinjiang"
Gupta afirmou que tais alega??es s?o baseadas em "um conjunto extremamente restrito de fatos, que foram extrapolados de maneira inadequada para propor??es ultrajantes".
Ele citou o último Relatório do País sobre Práticas de Direitos Humanos emitidos pelo Departamento de Estado dos EUA que disse que "genocídio e crimes contra a humanidade" ocorreram em Xinjiang no ano passado, mas "continua trabalhando para fornecer provas que substanciem sua acusa??o incendiária".
Os EUA sempre usaram seu poder "para conter qualquer amea?a imediata ou potencial à sua influência global", disse Shuja. Desta vez, os EUA escolheram a China como seu "inimigo principal", mas no processo, os mu?ulmanos e seus sentimentos foram explorados.
"A história está repleta de exemplos desse tipo, e todos est?o bem documentados. Isso inclui o apoio aos mujahideens no Afeganist?o para conter a influência soviética e criar condi??es para o surgimento da Al Qaeda e do Talib?."
Gupta elogiou o relatório minucioso do instituto, enfatizando que os think tanks chineses têm o dever de "combater ... narrativas exageradas e falsas" usando "fatos duros e frios".
Mas, apesar das refuta??es, neutralizar o sentimento anti-China pode n?o ser fácil no ambiente global atual.
"Exageros e falsidades" fazem parte do "kit de ferramentas políticas do Ocidente a ser utilizado contra a concorrência e os adversários", refletiu Gupta. "A essência da sabedoria é responder a essas alega??es de maneira fatual, cortês e n?o emocional."
Mustafa Izzuddin, professor visitante do departamento de rela??es internacionais da Universidade Islamica da Indonésia em Yogyakarta, disse que o relatório do instituto "ajuda a contribuir para o debate em curso sobre Xinjiang do ponto de vista chinês".
Entre os pontos salientados no relatório do think tank está como os EUA e outros países ocidentais est?o apoiando atividades separatistas e terroristas em Xinjiang para desestabilizar e conter o desenvolvimento da China.
Henelito Sevilla Jr, professor associado e coordenador da ásia Ocidental do Centro Asiático da Universidade das Filipinas, apontou que os Estados Unidos e alguns países ocidentais costumam usar os "mecanismos legais e institui??es criados pelo Ocidente para direcionar o comportamento de outros países que n?o compartilham de valores, institui??es e ideologias políticas semelhantes ”.
Isso ocorreu em países como Afeganist?o, Ir?, Iraque e Síria, onde as opera??es dos EUA e da Gr?-Bretanha deslocaram milhares de pessoas e pioraram as condi??es de seguran?a, disse ele.
A narrativa do Ocidente sobre Xinjiang visa criar "publicidade negativa" contra a China, segundo ele, e "visa a campanha de apoio da comunidade internacional contra a China como uma potência global em ascens?o".
Shuja disse que os EUA costumam se basear na estratégia "dividir para governar" e est?o usando a mesma tática em Xinjiang, devido ao papel crucial da regi?o na Iniciativa do Cintur?o e Rota.