O prédio al-Jalaa, que abrigava os escritórios de mídia da Associated Press e da Al-Jazeera, foi atingido por um ataque aéreo israelense em Gaza no sábado. O prédio foi destruído.
Em uma manifesta??o do compromisso da China em esfriar a crescente tens?o entre a Palestina e Israel, os diplomatas seniores de Beijing falaram publicamente em Washington por frustrar os esfor?os internacionais para intermediar um cessar-fogo antecipado.
O Conselheiro de Estado e Ministro das Rela??es Exteriores, Wang Yi, exortou todos os membros do Conselho de Seguran?a das Na??es Unidas a assumir suas "devidas responsabilidades" e efetivamente preservar a paz e a seguran?a da regi?o.
Como um sinal da gravidade da tens?o, a embaixada chinesa em Israel atualizou seu alerta de viagem na quarta-feira (12), aconselhando os cidad?os chineses a monitorar a situa??o e tomar as devidas precau??es.
Um ataque aéreo israelense destruiu o prédio de 13 andares da Al-Jalaa, que abrigava meios de comunica??o, incluindo a televis?o Al-Jazeera e a The Associated Press na Faixa de Gaza, no sábado.
Na sede da ONU em Nova York, o Conselho de Seguran?a realizou neste mês duas rodadas de consultas de emergência a portas fechadas sobre a quest?o Palestina-Israel até o momento.
No entanto, as duas reuni?es n?o conseguiram divulgar um comunicado para esfriar a tens?o, já que os Estados Unidos se mantiveram sozinhos na oposi??o à libera??o.
A China, presidente rotativo do Conselho de Seguran?a em maio, pressionou o conselho a realizar as duas consultas. Wang disse durante uma conversa por telefone com o ministro das Rela??es Exteriores do Paquist?o, Shah Mahmood Qureshi, no sábado, que a China redigiu um comunicado numa tentativa de fazer com que o conselho tome medidas.
Mas o Conselho de Seguran?a ainda n?o conseguiu chegar a um acordo sobre o assunto, e os EUA est?o "no lado oposto da justi?a internacional", acrescentou Wang.
Os EUA, alegando se preocupar com os direitos humanos dos mu?ulmanos, "deveriam saber que as vidas dos mu?ulmanos palestinos s?o igualmente importantes", disse a porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores, Hua Chunying, na sexta-feira (14).
Um grupo de diplomatas de países árabes e da Liga árabe baseados em Beijing se reuniu na quarta-feira com Zhai Jun, o enviado especial da China para quest?es do Oriente Médio, para discutir o futuro papel de Beijing na promo??o da redu??o da escalada das tens?es.
Zhai deixou claras as preocupa??es de Beijing com a escalada, pedindo a todas as partes envolvidas, especialmente Israel, que mantenham a modera??o para evitar mais vítimas.
Em meio a recente deteriora??o drástica da quest?o, o processo de paz no Oriente Médio se desviou de seu caminho original nos últimos anos, as resolu??es do Conselho de Seguran?a da ONU n?o foram implementadas de forma tangível e, em particular, o direito palestino de construir um estado independente foi continuamente violado, disse Wang no sábado.
Uma saída definitiva da quest?o palestina reside na implementa??o da solu??o de dois Estados, e o Conselho de Seguran?a deve instar a Palestina e Israel a retomar as negocia??es de paz com base na solu??o de dois Estados o mais rápido possível, acrescentou.
A China está programada para sediar um debate aberto do Conselho de Seguran?a no domingo para discutir a tens?o, e Wang irá presidir o debate e discursar via link de vídeo num esfor?o para acabar com a hostilidade e reiniciar o diálogo político.
Diplomatas afirmaram que uma proposta anterior para o debate a ser realizado na sexta-feira foi bloqueada pelos EUA.
Em resposta, Zhang Jun, representante permanente da China na ONU, escreveu em um tweet que o Conselho de Seguran?a "deve agir agora e enviar uma mensagem forte".