O Diretor-Geral da Organiza??o Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, pediu na segunda-feira que todos os países apoiassem uma proposta de um tratado de prepara??o para uma pandemia, alertando que seria um "erro monumental" considerar que o perigo da Covid-19 já passou.

Tedros fez o apelo em seu discurso de encerramento na Assembleia Mundial da Saúde, observando que "é a altura certa para [materializar] esta ideia".

"... a recomenda??o que acredito que mais fará para fortalecer a OMS e a seguran?a sanitária global é a recomenda??o de um tratado sobre a prepara??o e resposta a pandemias; isso também poderia melhorar, como eu disse antes, a rela??o entre os Estados Membros e promover a coopera??o ", disse o chefe da OMS.

Ele observou que o mundo precisa de um compromisso duradouro, cuja sustentabilidade esteja assegurada em um tratado formal.

"Atualmente, os pat?genos têm maior poder do que a OMS. Eles est?o surgindo com mais frequência em um planeta desequilibrado", disse Tedros.

"Eles exploram nossa interconex?o e exp?em nossas desigualdades e divis?es. A seguran?a dos povos do mundo n?o pode depender apenas da boa vontade dos governos."

O tratado de preven??o de pandemias foi apresentado pela primeira vez em mar?o, com o objetivo de obrigar todos os países a se unirem na luta contra quaisquer futuras pandemias, alienando tendências nacionalistas que levam as na??es a buscar respostas singulares para as crises.

A proposta foi apoiada por mais de 20 líderes globais e funcionários de toda a Europa, áfrica, áfrica do Sul e ásia, incluindo o presidente ruandês Paul Kagame, o presidente queniano Uhuru Kenyatta, o presidente da Tunísia, Kais Saied, o presidente senegalês Macky Sall, o presidente francês Emmanuel Macron e a chanceler alem?, Angela Merkel.

A OMS tem enfatizado a necessidade da uni?o global para derrotar o vírus. Desde a sincroniza??o de estratégias nacionais até o compartilhamento de dados científicos críticos, o diretor-geral da agência tem repetidamente apelado a todas as na??es para coordenar suas respostas nas estratégias globais.