O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, afirmou nesta quarta-feira, durante pronunciamento em rede nacional de rádio e televis?o que todos os brasileiros que quiserem ser?o vacinados contra a COVID-19 até o fim do ano.
Bolsonaro celebrou o anúncio divulgado mais cedo pelo Ministério da Saúde de que o país superou as 100 milh?es de doses de vacinas contra o coronavírus distribuídas em todo o país desde o início do Plano Nacional de Imuniza??o (PNI) em 18 de janeiro, embora até o momento foram aplicadas apenas 69,6 milh?es de doses.
"Brasil é o quarto país que mais vacina no planeta. Este ano, todos os brasileiros que assim o desejarem, ser?o vacinados, vacinas estas que foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilancia Sanitaria (Anvisa)", assegurou o presidente.
Segundo o painel Our World in Data, da Universidade de Oxford, o Brasil é o quarto pais do mundo em doses aplicadas em números absolutos, atrás da China (681,9 milh?es), EUA (296,4 milh?es) e índia (213,1 milh?es), mas em termos proporcionais, é o 83o no ranking de aplica??o da primeira dose e o 85o na aplica??o da segunda, o que corresponde a s 22,21% e 10,69% da popula??o brasileira, respectivamente.
Durante o pronunciamento, Bolsonaro também destacou o acordo de transferência de tecnologia entre a estatal Funda??o Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a farmacêutica britanica AstraZeneca para a produ??o no país do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), matéria-prima dos imunizantes,
"Ontem, assinamos acordo de transferência de tecnologia, para produ??o de vacinas no Brasil, entre AstraZeneca e Fiocruz. Com isso, passamos a integrar a elite de apenas cinco países que produzem vacinas contra a COVID no mundo", declarou.
Bolsonaro, que sempre foi contra as medidas de distanciamento social para controle da pandemia, voltou a defender sua posi??o no discurso.
Segundo ele, o governo federal "n?o obrigou ninguém a ficar em casa, n?o fechou o comércio, n?o fechou igrejas ou escolas e n?o tirou o sustento de milh?es de trabalhadores informais. Sempre disse que tínhamos dois problemas, o vírus e o desemprego, que deveriam ser tratados com a mesma responsabilidade e de forma simultanea", justificou.
O presidente se referiu também à economia, ao destacar o crescimento de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do país no primeiro trimestre e destacou que a previs?o para este ano é chegar a 4%.