A embaixada chinesa no Reino Unido afirmou que as decis?es internacionais n?o podem mais ser ditadas por um pequeno quadro de elites globais, depois que os líderes da reuni?o do grupo de países ricos do G7, concluída no domingo, revelaram um novo plano de infraestruturas para competir com o plano de desenvolvimento transfronteiri?o da China - a iniciativa do Cintur?o e Rota.
A embaixada divulgou os comentários no sábado, antes da conclus?o da Cúpula do G7, que decorreu na Cornualha, no Reino Unido, com a presen?a de líderes do Reino Unido, Canadá, Fran?a, Alemanha, Itália, Jap?o e Estados Unidos. O plano de infraestruturas, intitulado Build Back Better World, ou B3W, está sendo liderado pelo presidente dos EUA, Joe Biden, que identificou a cúpula como uma oportunidade para “discutir a competi??o estratégica com a China”, de acordo com um comunicado da Casa Branca.
"Os dias em que as decis?es globais eram ditadas por um pequeno grupo de países acabaram", disse um porta-voz da embaixada chinesa no Reino Unido. "Sempre acreditamos que os países, grandes ou pequenos, fortes ou fracos, pobres ou ricos, s?o iguais e que as quest?es mundiais devem ser tratadas por meio de consultas por todos os países".
A embaixada criticou a política de camarilha dos países ocidentais, dizendo que deveria haver "apenas um sistema e uma ordem no mundo, ou seja, o sistema internacional com as Na??es Unidas no centro e a ordem internacional baseada no direito internacional, n?o o chamado sistema e ordem defendidos por um punhado de países ".
A Casa Branca disse que o plano do B3W "ajudará a reduzir a necessidade de infraestruturas de $40 trilh?es no mundo em desenvolvimento".
Porém, poucos detalhes foram adiantados sobre a implementa??o do plano ou montantes de investimento.
Um alto funcionário do governo Biden disse que o plano "n?o se trata apenas de confrontar ou enfrentar a China".
Christopher Bovis, professor de direito empresarial internacional na Universidade de Hull, disse que o B3W é um plano estratégico para aumentar a influência do G7 no cenário internacional e competir com a iniciativa do Cintur?o e Rota, a qual ganhou tra??o desde que foi introduzida em 2013 com mais de 130 países agora formalmente filiados.
"A inten??o das economias do G7 de oferecer às na??es em desenvolvimento um plano de infraestrutura, conhecido como a iniciativa B3W, é certamente vista como uma tentativa de conter a influência crescente da China e o sucesso da iniciativa do Cintur?o e Rota", disse Bovis ao China Daily.
"Além disso, espera-se que o B3W, se implementado, atue como uma correia transportadora dos valores, padr?es e forma de fazer negócios ocidentais, um resultado que provavelmente será visto como uma tentativa pós-colonial de integrar economias em desenvolvimento econ?mico", disse Bovis.
Bovis questionou se o G7 seria o grupo adequado para liderar tal iniciativa.
Paul Rogers, professor na Universidade de Bradford, no Reino Unido, sugeriu que o G7 pode, de fato, ter se tornado antiquado em um mundo cada vez mais interconectado, com uma lista crescente de amea?as compartilhadas.
"Embora o G7 seja uma reuni?o importante, o G20 é muito mais significativo, porque é mais representativo da comunidade global", afirmou.