A chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam Cheng Yuet-ngor, soou um alarme na ter?a-feira (6) sobre amea?as reais à seguran?a nacional na cidade, quando a polícia de Hong Kong anunciou a pris?o de membros de um grupo radical que planejava detonar bombas caseiras este mês em túneis, edifícios tribunais e latas de lixo.

Lam disse que os recentes casos esporádicos de violência mostram que a violência que traumatizou a Regi?o Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK) em 2019 mudou de atividades coletivas de rua para atividades pessoais subterraneas, representando um perigo real e presente para a cidade.

Os comentários de Lam ocorreram cerca de uma hora antes de a polícia de Hong Kong anunciar a pris?o de nove pessoas entre 15 e 39 anos, todas de um grupo separatista radical, por causa de uma conspira??o de bomba.

O caso seguiu-se à tentativa de assassinato de um policial por um "terrorista lobo solitário" no distrito comercial na quinta-feira (1°) e à pris?o de duas outras pessoas em conex?o com um incêndio criminoso na Casa do Governo - a residência da chefe do executivo.

Lam disse que a tentativa de assassinato do policial deve alarmar a sociedade de Hong Kong, e solicitou vigilancia contra informa??es distorcidas, violência e incita??o.

"As amea?as à seguran?a nacional vieram de for?as externas anti-China, juntamente com fugitivos da cidade que fugiram durante e após os distúrbios sociais de 2019", disse Lam. Eles denegriram desenfreadamente os esfor?os da cidade para salvaguardar a seguran?a nacional e geraram descontentamento entre o povo de Hong Kong.

Eles foram auxiliados por plataformas de mídia social n?o regulamentadas que est?o inundadas de desinforma??o, glorifica??o da violência e ódio contra o governo central, o governo da RAEHK e sua for?a policial, disse ela.

Tal incitamento enfraqueceu o senso de conformidade com a lei entre alguns moradores locais, acrescentou ela.

Os nove suspeitos, que incluem seis alunos do ensino secundário e membros do corpo docente de uma universidade e de uma escola secundária, foram detidos ao abrigo da Lei de Seguran?a Nacional de Hong Kong pela unidade de seguran?a nacional da for?a policial.

Alguns membros do grupo se esconderam em um quarto de albergue em uma das áreas comerciais mais movimentadas da cidade, Tsim Sha Tsui, para fazer bombas poderosas semelhantes às usadas em ataques terroristas no exterior, disse Li Kwai-wah, superintendente sênior do Departamento de Seguran?a Nacional da Polícia.

Em entrevista coletiva, Li disse que a apreens?o de documentos e cadernos revelou um plano concreto e bem organizado e chocou os policiais.

De acordo com uma investiga??o preliminar, o grupo planejou instigar estudantes do ensino médio neste mês a realizar ataques a bomba em locais públicos, incluindo o túnel Cross-Harbor, tribunais e esta??es ferroviárias, e depois mandá-los para longe da cidade.

A polícia também apreendeu substancias explosivas, equipamentos de fabrica??o de bombas, equipamentos de comunica??o, rifles de ar e HK$ 80.000 ($ 10.300) em dinheiro. Também foram congelados um total de HK$ 600.000 em fundos relacionados.

O secretário de Seguran?a da cidade, Chris Tang Ping-keung, disse na ter?a-feira (6) que estava furioso por alguém ter usado alunos do ensino médio como pe?es para implementar seu plano e ajudar os criminosos a fugir da puni??o.

Ele também disse a repórteres que algumas pessoas continuam a incitar residentes inocentes a apoiar ou simpatizar com esses "terroristas".

Ele alertou que aqueles que simpatizam com agressores violentos podem participar de tal violência no futuro.

Em uma sess?o do Painel de Seguran?a do Conselho Legislativo, Peter Shiu Ka-fai do Partido Liberal criticou alguns acadêmicos de direito e internautas da cidade por terem minimizado o ataque com faca a um policial em 1o de julho. Um homem de 50 anos enfiou uma faca nas costas de um oficial da Unidade Tática da Polícia em servi?o e depois se matou. O oficial, de 28 anos, teve um ferimento de 10 cm de profundidade e um de seus pulm?es foi perfurado.

Enquanto isso, na ter?a-feira, Lam também anunciou a nomea??o de sete membros de um comitê recém-criado que analisará e confirmará a elegibilidade eleitoral dos candidatos a chefe do Executivo, o Conselho Legislativo e o Comitê Eleitoral responsável por selecionar o líder máximo da cidade.

O secretário-chefe de administra??o, John Lee Ka-chiu, foi nomeado presidente do Comitê de revis?o de elegibilidade de candidatos.

Os outros membros do comitê incluem Chris Tang, a ex-secretária de justi?a Elsie Leung Oi-sie e a ex-presidente do Conselho Legislativo Rita Fan Hsu Lai-tai.