A economia italiana crescerá 5,9 por cento em 2021 e retornará aos níveis registrados em 2019 no primeiro semestre do próximo ano, informou a Organiza??o para a Coopera??o e Desenvolvimento Econ?mico (OCDE).
Em sua última Pesquisa Econ?mica do país divulgada na segunda-feira, a organiza??o afirmou: "A economia da Itália está se recuperando firmemente da crise de COVID-19, gra?as à campanha de vacina??o e ao generoso apoio fiscal a famílias e empresas".
Após o crescimento de 5,9 por cento projetado para este ano, o produto interno bruto (PIB) do país deve crescer 4,1 por cento em 2022, após a queda acentuada de 8,9 por cento registrada em 2020.
"Um segundo trimestre mais forte do que o esperado explica a maior revis?o da previs?o de expans?o de 4,5 por cento para 2021 no Panorama Econ?mico de maio da OCDE", segundo a pesquisa.
Dirigindo-se à conferência de imprensa de apresenta??o ao lado do secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, o ministro da Economia e Finan?as da Itália, Daniele Franco, disse que o governo italiano estava "visando um crescimento pós-COVID superior ao registrado antes da crise relacionada à pandemia".
"Devemos superar a longa estagna??o, este é nosso principal objetivo", disse Franco.
Ele disse que as previs?es econ?micas oficiais do país e as estimativas das metas de finan?as públicas agora ser?o revistas e apresentadas na atualiza??o do Documento Econ?mico e Financeiro (DEF) normalmente divulgado no final de setembro.
Em abril, o Ministério da Economia e Finan?as previu que o PIB da Itália cresceria 4,5 por cento em 2021, alinhado com a previs?o anterior da OCDE de 4,8 por cento em 2022 e 2,6 por cento em 2023.
Ao apresentar o relatório, o chefe da OCDE observou que o Plano Nacional de Recupera??o e Resiliência fornecido pelo governo italiano ativaria "um crescimento mais forte, mais verde, mais justo e mais digitalizado que beneficiaria todos os italianos, com melhores oportunidades de progresso".
Apresentado no início deste ano e aprovado pelas autoridades da Uni?o Europeia (UE), o Plano Nacional de Recupera??o e Resiliência da Itália vale 222,1 bilh?es de euros (263,5 bilh?es de dólares americanos) no total, financiado principalmente pelo programa Próxima Gera??o UE lan?ado em 2020 para ajudar os estados-membros a reiniciarem suas economias após a crise de COVID-19.
Na pesquisa, a OCDE afirmou que as políticas "generosas" de apoio da Itália durante a crise do coronavírus "mitigaram as perdas de empregos e as dificuldades e preservaram a capacidade produtiva", e as garantias de empréstimos e moratórias sobre o pagamento de dívidas apoiaram a liquidez firme e falências limitadas.
"Um apoio fiscal significativo em 2021 impulsionará a recupera??o de curto prazo, à medida que as taxas de vacina??o se aceleram e as restri??es diminuem", foi previsto.
"O maior investimento público, incluindo os fundos da próxima gera??o da UE, apoiará o investimento do setor privado, juntamente com uma maior confian?a e demanda. O consumo deve aumentar à medida que as famílias consomem parte de suas economias e o emprego se recupera".
Ainda assim, a organiza??o recomendou que o país n?o suspendesse sua política fiscal de apoio a famílias e empresas "até que a recupera??o esteja firmemente em andamento".
"Retirar o suporte de liquidez muito cedo pode levar empresas viáveis ??à falência", alertou ele. "Também aumentaria o desemprego e a pobreza, que já eram altos antes do COVID-19, afetando principalmente os jovens e as mulheres".
Assim que a pandemia diminuir, a OCDE recomendou que a Itália reformasse os gastos públicos e a política tributária, entre outros setores.
"As despesas relacionadas ao envelhecimento impedem o investimento em infraestrutura, educa??o e treinamento", penalizando os jovens, muitos dos quais est?o desempregados e em risco de pobreza, afirmou o relatório.
Quanto à política tributária, a Itália foi incentivada a reduzir a complexidade do sistema e a diminuir os impostos sobre o trabalho.
Entre outras recomenda??es, a OCDE sugeriu que a Itália aumentasse o investimento e a produtividade cortando o estoque de regulamenta??es, minimizando as barreiras regulamentares para entrar em servi?os profissionais e fornecendo um plano de longo prazo sobre os pre?os do carbono e políticas de apoio para reduzir os custos de transi??o energética. (1 euro = 1,19 dólares americanos)