A confian?a dos comerciantes brasileiros sofreu um retrocesso em setembro, após três meses seguidos de crescimento ante o temor que a alta da infla??o possa gerar nos consumidores, segundo divulgou nesta ter?a-feira a Confedera??o Nacional do Comércio de Bens, Servi?os e Turismo (CNC).
O índice de Confian?a do Empresário do Comércio (Icec), baixou 0,4 ponto em setembro, em compara??o com agosto, embora tenha se mantido na zona de satisfa??o pela terceira vez seguida este ano (superior aos 100 pontos) ao concluir com 119,3 unidades.
A redu??o do Icec ocorreu depois de ter acumulado uma expans?o de 30,7% entre junho e agosto. Em compara??o com setembro de 2020, o índice aumentou 30,2%, apresentando um padr?o de confian?a superior ao do ano passado.
Segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros, os dados de setembro refor?am a ideia de que a crise recessiva está, pouco a pouco, ficando para trás e influenciando menos na confian?a empresarial, embora a economia brasileira esteja enfrentando vários desafios para conseguir uma retomada econ?mica forte.
"A queda da confian?a empresarial pode estar associada à press?o sobre os custos devido ao aumento dos combustíveis e pelo aumento da tarifa da energia elétrica, devido à seca, além de refletir as expectativas com rela??o aos efeitos da infla??o sobre o consumo", disse Tadros.
Em setembro, todos os componentes do Icec baixaram, algo que n?o ocorria desde abril. As expectativas dos comerciantes retrocederam 0,9%, as inten??es de investimento, 0,7% enquanto a insatisfa??o baixou 0,3%.
Para a CNC, com o avan?o da vacina??o no Brasil, a queda do índice em setembro n?o é pelo temor de uma nova onda da pandemia, mas "por uma relativa acomoda??o na qual, fatores como a infla??o, o desemprego ainda elevado e o aumento da taxa de juros est?o contribuindo para a deteriora??o das expectativas em geral".
A economia brasileira deve se recuperar este ano da forte retra??o causada pela COVID-19 no ano passado e que provocou uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,1%.
Embora a previs?o inicial fosse de uma expans?o de cerca de 6% este ano, a instabilidade política, a infla??o alta, próxima dos 7% e a taxa de desemprego de 14%, fizeram o mercado financeiro reduzir sua estimativa para 5%.