O índice de Confian?a do Consumidor (ICC), medido pela Funda??o Getulio Vargas (FGV), recuou 6,5 pontos de agosto para setembro deste ano devido a fatores como a alta da infla??o e a taxa de desemprego que persistem no país, segundo informou nesta sexta-feira a FGV.
Com isso, o indicador atingiu 75,3 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos, o menor patamar desde as 72,1 unidades registradas em abril deste ano.
"A confian?a dos consumidores brasileiros caiu expressivamente em setembro, confirmando a interrup??o da tendência de recupera??o iniciada em abril, após a segunda onda da COVID-19", ressaltou a FGV.
A queda foi determinada pela "combina??o de fatores que já vinham afetando a confian?a em meses anteriores, como a infla??o e desemprego elevados, e de novos fatores, como o risco de crise energética e o aumento da incerteza econ?mica e política com impacto mais acentuado sobre as expectativas em rela??o aos próximos meses".
Houve piora tanto na percep??o dos consumidores brasileiros sobre as expectativas em rela??o aos próximos meses como também em rela??o à situa??o atual. O índice de Situa??o Atual (ISA) caiu 1 ponto em setembro, para 68,8 pontos. Já o índice de Expectativas (IE) recuou 9,8 pontos, para situar-se em 81,1 pontos, menor patamar desde abril.
"O pessimismo é maior entre as famílias de menor poder aquisitivo, cujas expectativas em rela??o à evolu??o da situa??o econ?mica s?o as piores desde abril de 2016, mas está também bastante disseminado entre todas as faixas de renda", acrescentou a Funda??o Getúlio Vargas.
A alta infla??o, perto de 10%, bem como uma taxa de desemprego superior a 14% fizeram com que os índices de confian?a na economia no Brasil, seja dos consumidores, dos comerciantes e dos empresários, que estavam subindo junto com a recupera??o econ?mica do país, recuassem nos últimos meses.
Isso também afeta as previs?es sobre a expans?o econ?mica do Brasil este ano, que inicialmente estava próxima aos 6% e atualmente, segundo o mercado financeiro, está de 5,3%.