Todas as manh?s de maio e junho de cada ano, o protetor Long Zhou Caijia usa um telescópio para observar a migra??o dos antílopes tibetanos. Quando um bando da espécie passa, os guardi?es fazem parar os veículos.
No entanto, nas décadas de 1980 e 1990, o animal que vive no planalto há 2,6 milh?es de anos quase ficou extinto em fun??o da ca?a para produ??o de xales, cujo pre?o era entre US$ 5 mil e 30 mil. Entre 200 mil a 300 mil antílopes tibetanos foram mortos.
Em 1988, a China promulgou a "Lei de Prote??o aos Animais Selvagens", mas os ca?adores ilegais se tornaram mais astutos e cruéis. Alguns protetores da vida selvagem foram mortos durante o trabalho. Ao mesmo tempo, mais a??es de prote??o foram tomadas e maior quantidade de equipamentos mais avan?ados foram usados para preservar os antílopes tibetanos. O governo lan?ou prêmios e subsídios. Desde 2016, mais de 900 mil novos empregos foram criados perto do habitat da espécie. Os pastores passaram a ser guardas florestais, de zonas úmidas e de espécies selvagens.
Os construtores da rodovia Qinghai-Tibete projetaram rotas que contornam o habitat e construíram viadutos para n?o perturbar os animais, cuja migra??o é acompanhada por drones e a esta??o de TV nacional. Os cientistas usam o satélite Beidou para realizar pesquisas.
O esfor?o n?o foi em v?o. N?o ocorre nenhuma ca?a ilegal de antílopes tibetanos há mais de 10 anos. O número da espécie aumentou de 70 mil, no final do século passado, para atuais 300 mil. Em 2015, o Ministério de Prote??o Ambiental da China removeu o antílope tibetano da lista de espécies amea?adas.