A esta??o seca em Mo?ambique é sempre fresca e agradável. No laboratório UMBELUZI do Instituto de Investiga??o Agrária de Mo?ambique, 25 estudantes aprendiam teoria de seguran?a alimentar e opera??o de equipamentos com um especialista chinês.
Esse foi o primeiro curso de treinamento em seguran?a alimentar que eles fizeram. Os alunos que vieram de laboratórios e escolas agrícolas locais estavam todos interessados no assunto. Após este treinamento, alguns come?ariam ent?o a realizar inspe??es de seguran?a alimentar.
Dorcilia Miriam Tiago, estagiária de uma escola agrícola em Boane, disse que as aulas do Sr. Wu Guiyun lhe deram uma perspectiva diferente sobre a seguran?a alimentar, e espera poder trabalhar nesta indústria no futuro.
Há três anos, Wu Guiyun e nove experientes especialistas agrícolas chineses viajaram até Mo?ambique para realizar um projeto de assistência agrícola de três anos. Combinando investiga??es de campo e a própria perícia de Wu, este especialista em processamento de produtos agrícolas decidiu colocar a melhoria do nível de inspe??o de seguran?a alimentar como o foco de seu trabalho.
"Como muitos países africanos, Mo?ambique enfrenta problemas internos de alimentos e vestuário que ainda n?o foram resolvidos, e o problema de seguran?a alimentar come?ou a amea?ar a saúde das pessoas", disse Wu, acrescentando que, segundo relatório, o aumento de doen?as locais, como as cardiovasculares e o cancer, está relacionado com as substancias químicas encontradas nas planta??es.
Além disso, um relatório emitido pelo governo local e pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, em inglês) em 2020 também mostrou que a aflatoxina está associada ao atraso no crescimento das crian?as em Mo?ambique.
Amendoim, milho e mandioca s?o os principais alimentos do povo africano. Wu disse que a colheita desses alimentos em condi??es úmidas e quentes é propensa a produzir aflatoxina. Como resíduos de pesticidas, a detec??o de tais substancias requer equipamento de teste completo e consumíveis de apoio, que eram escassos no laboratório UMBELUZI.
"Eu n?o podia acreditar no que vi quando abri a porta", Wu recordou sua primeira impress?o do laboratório UMBELUZI. "Havia apenas alguns dispositivos básicos. Era quase impossível realizar trabalhos de inspe??o".
Em 3 meses, Wu e seus colegas chineses doaram um lote de detectores rápidos de aflatoxina e de resíduos de pesticidas da China, e também consertaram todo o equipamento danificado para melhorar o hardware do laboratório.
Para ajudar o pessoal local a dominar as habilidades de inspe??o de seguran?a alimentar o mais rápido possível, eles também compilaram um conjunto de instru??es de trabalho, traduzidas para o português, e instruíram os técnicos locais a conduzir inspe??es independentes.
Agora, esse laboratório pode realizar vários projetos de análise de produtos agrícolas, como testes rápidos de resíduos de pesticidas e aflatoxinas, testes de qualidade de óleo de cozinha e testes de modifica??o genética. Alguns técnicos locais também podem realizar seus próprios testes.
Olga Lurdes Jossias Fafetine, reitora do Instituto de Investiga??o Agrária de Mo?ambique, elogiou o trabalho do Sr. Wu nos testes e agradeceu a ele por trazer a nova tecnologia.
O apoio ao desenvolvimento agrícola e à seguran?a alimentar da áfrica s?o áreas essenciais da coopera??o China-áfrica. Na Cúpula de Beijing do Fórum de Coopera??o China-áfrica realizada em setembro de 2018, a China declarou que trabalhará com a áfrica para construir uma comunidade China-áfrica com um futuro compartilhado, realizar a??es-chave em oito áreas principais e implementar 50 projetos de ajuda agrícola enquanto envia 500 especialistas experientes em agricultura.
Na área de seguran?a alimentar, além do trabalho de Wu em Mo?ambique, alguns outros projetos foram lan?ados. Alguns anos atrás, houve uma epidemia de antropozoonose em algumas áreas de pastagem de Djibuti na áfrica Oriental. Com os esfor?os do especialista veterinário chinês Xiao Renrong, esta situa??o foi efetivamente aliviada.
"Isso foi causado por algumas vacas leiteiras e cabras portadoras de bactérias como a da tuberculose. A antropozoonose causada por tais bactérias é um dos fatores que amea?am a saúde dos africanos", disse Xiao à Xinhua.
Desde 2009, Xiao tem participado do projeto de ajuda ao Djibuti. Ele viajou para as principais áreas de pastagem em todas as regi?es do país, escreveu mais de 1 milh?o de palavras em relatórios de pesquisa e materiais de treinamento, monitorou mais de 5 mil vacas leiteiras, ovelhas e camelos, e forneceu medidas de preven??o, controle e purifica??o para fazendas de gado contaminadas.
"Gra?as aos especialistas chineses, os residentes foram protegidos da doen?a e minhas perdas reduzidas", disse Hussein Goubetto, cujas vacas foram testadas para tuberculose.
Yue Chenghe, especialista veterinário laboratorial que agora trabalha em Mo?ambique, disse que o maior significado deste trabalho é permitir que mais pessoas locais aumentem sua conscientiza??o sobre a seguran?a alimentar através da transferência de conhecimentos.
De acordo com estatísticas, a China assinou memorando de entendimento ou protocolo sobre coopera??o agrícola com quase 20 países africanos, construiu centros de demonstra??o de tecnologia agrícola em mais de 20 países africanos e enviou quase 100 equipes de especialistas para quase 40 países. Acumulativamente, mais de 300 variedades de culturas foram testadas em países africanos, e mais de 500 tecnologias práticas foram transferidas.