Foto tirada no dia 1 de janeiro de 2022 mostra a sede do Banco Central Europeu iluminada para comemorar o 20o aniversário das notas e moedas de euro em Frankfurt, Alemanha. (Xinhua/Lu Yang)
A infla??o na zona do euro deve permanecer elevada por mais tempo do que o esperado anteriormente, mas cairá ao longo deste ano, disse a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, nesta segunda-feira.
"Em compara??o com nossas expectativas em dezembro, os riscos para as perspectivas de infla??o est?o inclinados a subir, principalmente no curto prazo", disse Lagarde ao discursar em uma audiência na Comiss?o de Assuntos Econ?micos e Monetários do Parlamento Europeu. "Se as press?es de pre?os se transformarem em aumentos salariais acima do esperado ou a economia retornar mais rapidamente à capacidade total, a infla??o pode ser maior", alertou ela.
Ela destacou que dados recentes confirmam uma modera??o no ritmo de crescimento devido à dissemina??o da ?micron. As medidas impostas para lidar com a variante reduziram a atividade, principalmente em servi?os ao consumidor, como viagens, turismo, hospitalidade e entretenimento.
O crescimento trimestral na zona do euro desacelerou para 0,3 por cento no último trimestre de 2021, mas, mesmo assim, isso ainda permitiu que o produto interno bruto (PIB) se recuperasse para o nível pré-pandemia.
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, fala durante uma coletiva de imprensa na sede do BCE em Frankfurt, Alemanha, no dia 28 de outubro de 2021. (Xinhua/Lu Yang)
O atual surto de pandemia e as restri??es relacionadas provavelmente continuar?o afetando negativamente o crescimento no início deste ano, disse Lagarde. Os gargalos de oferta e os altos custos de energia também devem reduzir a atividade econ?mica no curto prazo.
A infla??o subiu acentuadamente nos últimos meses e deve permanecer alta no curto prazo, principalmente impulsionada pelo pre?o da energia, explicou ela.
"Os pre?os da energia continuam sendo a principal raz?o para a elevada taxa de infla??o. Seu impacto direto foi responsável por mais da metade da infla??o em janeiro, e os custos de energia também est?o elevando os pre?os em muitos setores. Os pre?os dos alimentos também aumentaram, devido à sazonalidade os elevados custos de transporte e o aumento do pre?o dos fertilizantes. Além disso, os aumentos de pre?os ficaram mais generalizados, com os pre?os de um grande número de bens e servi?os aumentando acentuadamente", disse ela.
Valdis Dombrovskis, vice-presidente-executivo da Comiss?o Europeia (CE) para uma economia que funciona para as pessoas, também disse que o aumento dos pre?os da energia é "uma preocupa??o séria", mencionando o impacto que está causando nas famílias mais vulneráveis ??e nas pequenas e médias empresas (PME).
Dombrovskis confirmou a declara??o de Lagarde de que a infla??o deve permanecer elevada, acrescentando que as press?es sobre os pre?os est?o afetando o poder de compra e o crescimento das pessoas. "é importante que a alta da infla??o n?o se consolide", disse ele.