
O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou na quinta-feira san??es adicionais contra a Rússia e o envio de mais tropas para a Europa, à medida que os conflitos na Ucrania continuam evoluindo.
Falando da Sala Leste da Casa Branca, Biden disse que as novas medidas ter?o como alvo os principais bancos russos, limitar?o a "capacidade do país de fazer negócios em dólares, euros, libras e ienes" e reduzir?o as importa??es de alta tecnologia de Moscou e sua capacidade para atualizar os militares.
O presidente dos EUA disse que autorizou "o desdobramento de for?as terrestres e aéreas estacionadas na Europa para o flanco leste", bem como "capacidades adicionais de for?as dos EUA para implantar na Alemanha" como parte da resposta da Organiza??o do Tratado do Atlantico Norte (OTAN).
"Nossas for?as n?o est?o e n?o estar?o engajadas no conflito com a Rússia na Ucrania, nossas for?as n?o v?o à Europa lutar na Ucrania, mas defender nossos aliados da OTAN e tranquilizar esses aliados no leste", reiterou ele, acrescentando que a OTAN convocará uma cúpula "amanh?".
Um alto funcionário da defesa dos EUA disse em comunicado na tarde de quinta-feira que o Pentágono ordenou o envio para a Europa de aproximadamente 7.000 militares adicionais e que eles devem "partir nos próximos dias".
As tropas, acrescentou o oficial, ser?o enviadas para a Alemanha para tranquilizar os aliados da OTAN, "dissuadir" as opera??es militares da Rússia e estar preparadas para atender a uma série de requisitos na regi?o.
Biden também abordou as preocupa??es de que os pre?os do petróleo possam subir ainda mais como resultado das san??es dos EUA contra a Rússia.
"Estamos coordenando com os principais países produtores e consumidores de petróleo em dire??o ao nosso interesse comum de garantir o fornecimento global de energia", disse ele. "Os Estados Unidos liberar?o barris adicionais de petróleo conforme as condi??es o justifiquem".
O anúncio foi feito horas depois que os líderes dos países do Grupo dos Sete (G7) se reuniram virtualmente para coordenar suas respostas às a??es militares da Rússia na Ucrania.
Biden twittou que ele e seus colegas do G7 concordaram em avan?ar no que chamou de "pacotes devastadores de san??es e outras medidas econ?micas" contra a Rússia.
Mais cedo nesta quinta-feira, Biden convocou uma reuni?o do Conselho de Seguran?a Nacional na Sala de Situa??o da Casa Branca para discutir os últimos acontecimentos na Ucrania.
O presidente russo, Vladimir Putin, autorizou "uma opera??o militar especial" em Donbass na quinta-feira e a Ucrania confirmou que alvos militares em todo o país estavam sob ataque.
Em um discurso televisionado, Putin disse que os "planos n?o incluem a ocupa??o de territórios ucranianos" e que a Rússia "n?o vai impor nada a ninguém pela for?a".
O movimento da Rússia, explicou ele, é uma resposta a "amea?as fundamentais" da OTAN, que se expandiu para a Europa Oriental e aproximou sua infraestrutura militar das fronteiras russas.
O ministro das Rela??es Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse na quinta-feira que os Estados Unidos e a OTAN quebraram seus compromissos, expandiram continuamente para o leste, se recusaram a implementar o novo acordo de Minsk e violaram a Resolu??o 2202 do Conselho de Seguran?a da Organiza??o das Na??es Unidas.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse na quinta-feira que Kiev decidiu romper rela??es diplomáticas com Moscou.