As acusa??es contra a China de que o país deveria assumir responsabilidades pela crise na Ucrania s?o absurdas, disse na sexta-feira (6) o vice-chanceler chinês, Le Yucheng.
Le fez as observa??es ao realizar um discurso num diálogo online de think tanks globais de 20 países. Ele observou que algumas pessoas fizeram alega??es infundadas sobre a crise na Ucrania, distorceram a posi??o da China e tentaram fazer com que a China assumisse a culpa por a??es de terceiros.
Ele afirmou que algumas pessoas distorceram as palavras da recente declara??o conjunta China-Rússia e interpretaram mal o sentido de "amizade n?o tem limites e coopera??o n?o tem áreas proibidas", alegando que a China tinha "conhecimento prévio" da opera??o militar especial da Rússia na Ucrania e até "endossou" isto. Eles concluíram, portanto, que a China deve ser responsabilizada pelo conflito.
"Isso é um absurdo", defendeu Le, acrescentando que a China n?o está envolvida no conflito, muito menos o criou. Ent?o, como a China poderia ser responsável?
Le observou que a rela??o entre a China e a Rússia é baseada nos princípios de n?o alian?a, n?o confronto e n?o segmenta??o de terceiros, e n?o está sujeita à influência de terceiros. A descri??o de "sem limites" e "sem áreas proibidas" captura o estado atual e as perspectivas futuras dos la?os China-Rússia.
"A verdade é que a China deseja rela??es amistosas com todos os países e nunca estabelece nenhum limite à coopera??o, nem vê necessidade de fazê-lo", destacou ele.
Em resposta à acusa??o de que a China estava do lado errado da história por n?o se juntar aos Estados Unidos e outros países ocidentais na condena??o e san??o da Rússia, Le reafirmou que desde o início do conflito Rússia-Ucrania, a China está comprometida com os propósitos e princípios da Carta da ONU e o princípio da seguran?a indivisível.
"Nós defendemos a equidade e a justi?a, e fizemos esfor?os ativos para encorajar as negocia??es de paz e fornecer ajuda humanitária. A China n?o tem nenhum machado ou agenda geopolítica sobre esta quest?o", disse ele.
Le lembrou que por algum tempo, os Estados Unidos continuaram flexionando seus músculos na porta da China, criando grupos exclusivos contra a China e inflamando a quest?o de Taiwan para testar o limite da China.
"Se esta n?o é uma vers?o ásia-Pacífico da expans?o da Otan para o leste, ent?o o que é? Tal estratégia, se n?o fosse controlada, traria consequências horríveis e levaria a ásia-Pacífico à beira de um abismo", disse ele.
Le enfatizou que a China está comprometida com o desenvolvimento pacífico e busca harmonia, solidariedade e coopera??o na regi?o. A China nunca foi um provocadora ou encrenqueira. N?o faz sentido mirar na China. A tentativa de "copiar e colar" a crise da Ucrania na ásia-Pacífico definitivamente está fadada ao fracasso.