O Ministério das Rela??es Exteriores brasileiro reafirmou nesta quinta-feira, após a reuni?o de chanceleres do grupo BRICS - Brasil, Rússia, índia, China e áfrica do Sul - a importancia que o país sul-americano dá à coopera??o entre os membros do grupo nas mais diversas áreas.

O encontro, realizado de forma virtual, discutiu o documento "Fortalecimento da solidariedade e da coopera??o entre os BRICS, em resposta às novas realidades e desafios da situa??o internacional".

Na primeira parte da reuni?o, participaram apenas os ministros das Rela??es Exteriores dos países membros do BRICS e, em uma segunda parte, também estiveram presentes chanceleres dos países convidados pela presidência rotativa chinesa.

Em nota à imprensa, o Palácio do Itamaraty, a chancelaria brasileira, destacou as áreas mais importantes da coopera??o entre os integrantes do BRICS.

"O Brasil destacou a importancia que concede à coopera??o entre os países do grupo em ambitos como a economia e as finan?as, que se traduziu na cria??o do Novo Banco de Desenvolvimento, assim como em outras áreas promissoras, como o comércio, a saúde e as vacinas, a luta contra o terrorismo e os crimes transnacionais e a ciência, a tecnologia e a inova??o", afirma o comunicado.

No segmento interno do BRICS da reuni?o, os ministros das Rela??es Exteriores expressaram sua preocupa??o com a recupera??o econ?mica e a estabilidade internacional.

"Destacaram os efeitos adversos da interrup??o das cadeias produtivas e as graves amea?as à seguran?a alimentar e energética e aos objetivos do desenvolvimento sustentável", ressaltou a nota brasileira.

Os ministros abordaram a situa??o na Ucrania e expressaram suas posi??es nacionais, defendidas nos fóruns pertinentes, como a Assembleia Geral e o Conselho de Seguran?a da ONU.

"O Brasil defendeu a solu??o pacífica e negociada do conflito, pediu a busca urgente de uma solu??o para a crise humanitária e enfatizou a necessidade de se respeitar o direito internacional e os princípios da Carta da ONU", relatou o Itamaraty.

Participaram da segunda parte do encontro, na qualidade de convidados, os chanceleres de Arabia Saudita, Argentina, Cazaquist?o, Egito, Emirados árabes Unidos, Indonésia, Nigeria, Senegal e Tailandia, com o objetivo de "ampliar o diálogo com outros países e demonstrar a voca??o do grupo de refor?ar o papel das economias emergentes na governan?a mundial".

Em uma declara??o de 25 pontos divulgada ao final do encontro, os chanceleres do BRICS manifestaram seu acordo em diversos aspectos das rela??es entre os membros e sobre a situa??o internacional.

O documento ressalta o acordo mútuo entre o BRICS para, frente aos novos desafios e características emergentes, "aumentar sua solidariedade e coopera??o e trabalhar juntos para enfrentá-los ".

Os chanceleres ratificaram seu apoio à presidência da China no BRICS 2022 sob o tema "Promover uma associa??o de alta qualidade com o BRICS; inaugurar uma nova era para o desenvolvimento mundial".

Além disso, disseram estar plenamente comprometidos em trabalhar juntos para garantir o êxito da 14a Cúpula dos BRICS deste ano.