A 75a Assembleia Mundial da Saúde (AMS) come?ou em Genebra, Suí?a, no domingo, para se concentrar nos assuntos importantes, incluindo a resposta à contínua pandemia da COVID-19 e a iniciativa global de saúde para a paz.

A COVID-19 continua sendo uma das principais prioridades da AMS deste ano, que foi a primeira do tipo realizada em Genebra e com a presen?a de delegados pessoalmente desde o início da pandemia, há mais de dois anos.

Embora os dados da OMS mostrem que os casos relatados de COVID-19 diminuíram significativamente desde o pico da onda ?micron em janeiro deste ano e as mortes est?o no nível mais baixo desde mar?o de 2020, o diretor-geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, enfatizou em seu discurso na abertura da AMS que a pandemia ainda n?o acabou e que "n?o acabou em lugar nenhum até que termine em todos os lugares".

Ele pediu que todos os países se comprometam a alcan?ar a cobertura vacinal de 70% o mais cedo possível, priorizando a vacina??o de todos os profissionais de saúde, todos com mais de 60 anos e todos com risco elevado.

Todos os países devem manter a vigilancia e o sequenciamento da COVID e ficar preparados para reintroduzir e ajustar as medidas sociais e de saúde pública conforme necessário, disse ele. Além disso, os países precisam restaurar os servi?os essenciais de saúde o mais rápido possível e trabalhar com as comunidades para criar confian?a.

"A pandemia n?o é a única crise em nosso mundo", disse ele, ecoando o tema da 75a AMS "Saúde para Paz, Paz para Saúde", e anunciou que a agenda da conferência também incluirá crises humanitárias complexas no Afeganist?o, Etiópia, Somália, Sud?o do Sul, Síria, Ucrania e Iêmen.

"Mais do que pandemias, a guerra abala e despeda?a as bases sobre as quais se assentavam sociedades anteriormente estáveis. Priva comunidades inteiras de servi?os essenciais de saúde, deixando as crian?as em risco de doen?as evitáveis por vacinas... De fato, guerra, fome e doen?as s?o velhos amigos", lamentou.

A OMS verificou 373 ataques a instala??es ou pessoal de saúde em 14 países e regi?es até agora este ano. Os ataques custaram a vida de 154 profissionais de saúde e pacientes e feriram 131. "Ataques a profissionais de saúde e instala??es de saúde s?o uma viola??o ao direito internacional humanitário. Mas também s?o um ataque ao direito à saúde", disse Tedros.

Espera-se que a AMS de sete dias seja aquela com o maior número de tópicos discutidos e resolu??es aprovadas, incluindo a nomea??o de um novo diretor-geral da OMS para os próximos cinco anos. O atual diretor Tedros é atualmente o único candidato.