A China pediu na quarta-feira (29) que o G7 pare de atacar e difamar o país e de interferir em seus assuntos internos de qualquer maneira, depois que o grupo divulgou um comunicado fazendo acusa??es sobre Beijing.
O porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores da China, Zhao Lijian, criticou as na??es do G7, em uma coletiva de imprensa, por explorar o comunicado para clamar sobre a narrativa de democracia versus autoritarismo em uma tentativa de estimular o confronto.
Os líderes do G7 encerraram sua cúpula na Alemanha na ter?a-feira (28) com um comunicado referindo-se à China 14 vezes e fazendo comentários irresponsáveis sobre os assuntos internos da China, incluindo a Regi?o Administrativa Especial de Hong Kong, a Regi?o Aut?noma Uigur de Xinjiang e a paz e estabilidade no Estreito de Taiwan.
"O G7 n?o tem inten??o de conduzir o diálogo e a coopera??o com base no respeito e na igualdade", lamentou Zhao.
Ele denunciou o G7 por se engajar na política do bloco sustentada por interesses de pequenos círculos, e alegou que o grupo se apega a uma mentalidade da Guerra Fria e preconceitos ideológicos.
Observando que os países do G7 representam apenas cerca de 10% da popula??o mundial, Zhao disse: "eles n?o têm o direito de representar o mundo ou pensar que seus valores e padr?es devem se aplicar ao mundo.
"Os assuntos de Hong Kong s?o puramente assuntos internos da China", enfatizou Zhao, acrescentando que os direitos democráticos e a liberdade legitimamente desfrutados pelo povo de Hong Kong foram totalmente garantidos desde o retorno de Hong Kong à pátria em 1997.
Lembrando que esses países têm um péssimo histórico no que se refere aos direitos humanos, Zhao observou que eles n?o est?o qualificados para assumir o papel de "palestrantes" de direitos humanos, muito menos para usar os direitos humanos como uma ferramenta para se intrometer nos assuntos internos de outros países.
"A insistência desses países sobre quest?es relacionadas a Xinjiang e à Regi?o Aut?noma do Tibete só fará com que o mundo veja nitidamente sua natureza hegem?nica e hipócrita", acrescentou Zhao.
Sobre a quest?o de Taiwan, Zhao afirmou que os movimentos das autoridades de Taiwan para promover atividades separatistas da "independência de Taiwan", e as a??es dos Estados Unidos e de um punhado de países ocidentais que tentam "usar Taiwan para conter a China" s?o as maiores amea?as à paz e estabilidade no Estreito de Taiwan.
"Taiwan é parte da China", disse Ma Xiaoguang, porta-voz do Escritório de Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado, em entrevista coletiva em Beijing. "A quest?o de Taiwan é puramente um assunto interno da China e n?o tolera interferência de países estrangeiros.
"Para alcan?ar seus objetivos, os países ocidentais fecharam os olhos às provoca??es feitas pela autoridade do Partido Democrático Progressista de Taiwan e pelas for?as separatistas da 'independência de Taiwan' para realizar a 'independência'", disse Ma.
"Em vez disso, eles acusam o continente de ser o destruidor da paz e da estabilidade no Estreito", disse Ma. "Esta é uma distor??o completa dos fatos e uma confus?o de certo e errado."
Como as na??es do G7 desfrutam da maior parte dos dividendos da globaliza??o, Zhao disse que têm responsabilidades especiais para promover a globaliza??o e o crescimento econ?mico global, bem como resolver os problemas econ?micos e financeiros globais.
No entanto, em um momento crítico para a comunidade internacional que luta contra a pandemia e luta pela recupera??o econ?mica, Zhao criticou o G7 por "desejar criar divis?es e confrontos", dizendo que eles "n?o mostraram nenhum senso de responsabilidade ou moralidade".