Especialistas chineses e brasileiros discutiram nesta quarta-feira as perspectivas da Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), a tecnologia que permite a conex?o entre dispositivos e que ganhará mais for?a com a difus?o do 5G, e o potencial de coopera??o entre os dois países nessa área.
Os especialistas trocaram pontos de vista em um seminário organizado pelo Conselho Empresarial Brasil-China em parceria com a Embaixada da China no Brasil, o Ministério do Comercio da China (MOFCOM) e a Escola Internacional de Negócios da Universidade de Zhejiang (ZIBS).
O evento, intitulado "Internet das Coisas: em Dire??o a uma Nova Realidade entre Humanos e Máquinas", foi aberto pelo presidente do CEBC, embaixador Luiz Augusto de Castro Neves, e pelo Encarregado de Negócios da Embaixada da China no Brasil, Jin Hongjun.
Participaram do debate executivos de grandes empresas que atuam no setor, como as gigantes tecnológicas Huawei e Xiaomi, e as operadoras brasileiras de telecomunica??es Vivo e TIM.
A vis?o acadêmica do tema foi apresentada por Pan Helin, codiretor do Centro de Pesquisa de Economia Digital e Inova??o Financeira da ZIBS, que explicou que a Internet das Coisas só é possível a partir do desenvolvimento do padr?o 5G, combinado com outras tecnologias inovadoras, como a Inteligência Artificial e a Robótica.
"Quando se fala de IoT, n?o se pode sair de três temas: infraestrutura, cenário de aplica??o -cada país tem uma realidade diferente- e, em terceiro lugar, os dados Isso é o que indica a experiência muito valiosa da China, ressaltou.
"Creio que a internet vai mudar enormemente nossa rotina e esse vínculo da internet com a IOT está se mostrando uma ferramenta muito eficaz para o crescimento econ?mico", destacou.
Na China, a IoT é um fator chave na revolu??o digital do país, já que Beijing se comprometeu desde o princípio com o desenvolvimento da tecnologia.
Atualmente, a China é um dos principais atores na promo??o da IoT a nível internacional e se espera que supere os Estados Unidos para se converter no maior mercado de IoT em 2024, segundo um relatório da Internacional Data Corporation (IDC).
"Está muito clara a importancia de observar e estudar a experiência da China, que é uma experiência líder hoje no mundo, desde a tecnologia de IoT junto a redes 5G", sublinhou Felipe Zmoginski, colunista de tecnologia do portal UOL, moderador do evento.
A Huawei esteve representada por Bruno Zitnick, diretor de Rela??es Públicas da empresa no Brasil; Xiaomi, por Xu Lei, seu diretor de Rela??es Públicas para América Latina; a Vivo, por Leandro Rebou?as, seu chefe de Marketing e Produtos IoT; e a TIM, por Paulo Humberto Correa, diretor de Solu??es Corporativas da companhia.
Correa ressaltou que a implanta??o do 5G no Brasil já está disponível na capital Brasília e estará habilitado em todas as capitais estaduais até o fim do ano, e se realiza com o desenvolvimento tecnológico mais recente, o que permite aplica??es industriais de ponta.
A expectativa é que a infraestrutura 5G permita um rápido desenvolvimento de aplica??es, tanto na produ??o como na vida diária das pessoas, gra?as à alta velocidade, à baixa latência e à ampla conectividade.
"O Brasil demorou a fazer uma licita??o, mas tomou a decis?o de ter o chamado 5G puro ou 5G standalone. Ent?o, estamos implantando no país a última vers?o do 5G e que habilita todas as suas características", assegurou.