A queda na produtividade econ?mica dos EUA por dois trimestres consecutivos alimentou receios de que a superpotência entre em recess?o, enquanto os países africanos podem enfrentar desafios econ?micos mais significativos devido à redu??o das exporta??es e custos de financiamento mais altos, de acordo com o relatório de um especialista.
A recess?o iminente nos Estados Unidos significa que a demanda do mercado está diminuindo. Espera-se que as exporta??es de países em desenvolvimento, incluindo países africanos, para o mercado dos EUA sejam afetadas, disse Charles Onunaiju, diretor do Centro de Estudos da China na Nigéria, com sede em Abuja, em entrevista recente à Xinhua.
Enquanto isso, o aperto da política monetária pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) para conter a alta infla??o afetará inevitavelmente os fluxos internacionais de capital, elevando o custo do financiamento que os países africanos precisam para manter as atividades econ?micas, afetando sua recupera??o da pandemia de COVID-19, disse Onunaiju.
Ele observou que a hegemonia de longo prazo do dólar americano fez com que as economias africanas atrelassem seus principais fundamentos econ?micos e comércio exterior à moeda, o que significa que os Estados Unidos podem transferir a press?o inflacionária para outros países por meio de sua política monetária doméstica.
"Um dos desafios que as economias da Nigéria e da áfrica, em geral, est?o enfrentando é a press?o inflacionária. Todas s?o press?es inflacionárias importadas decorrentes da hegemonia do dólar como principal moeda de troca", disse Onunaiju.
Segundo o especialista, vários fatores s?o responsáveis ??pelo impasse econ?mico nos Estados Unidos, incluindo seus problemas estruturais domésticos, bem como a mentalidade geopolítica de Washington e a??es afiadas.
"Ent?o, acho que o que está óbvio é uma combina??o de políticas econ?micas politicamente motivadas que n?o est?o no ponto certo, e as quest?es estruturais respondem principalmente pelo estado atual da economia dos EUA, que parecia estar em recess?o, e ninguém pode dizer a dire??o", observou ele.
Esses fatores perturbaram as cadeias industriais e de suprimentos globais, prejudicaram a seguran?a energética e alimentar, além de ter um efeito contrário na própria economia americana, afetando o ritmo de recupera??o da economia global, acrescentou o especialista.
Ele pediu ao governo dos EUA que assuma sua responsabilidade como potência global ao enfrentar press?o econ?mica descendente, em vez de transferir essa press?o para outro lugar.
Além disso, o país precisa olhar interiormente e aprovar as reformas necessárias que possam ajudar a resolver seus problemas estruturais domésticos, em vez de promover a geopolítica que poderia causar uma desacelera??o ainda maior, acrescentou ele.
O especialista observou que alguns países come?aram recentemente a reduzir suas participa??es em dívida dos EUA, uma medida para controlar os riscos nas reservas cambiais.
Onunaiju também pediu aos países, especialmente os países em desenvolvimento, que estabele?am um mecanismo financeiro mais robusto como um novo canal para transa??es financeiras para compensar o impacto negativo da hegemonia do dólar americano.