Treze descendentes de sobreviventes do Massacre de Nanjing foram reconhecidos pelo Sal?o Memorial das Vítimas do Massacre de Nanjing pelos Invasores Japoneses como os primeiros "herdeiros de memórias históricas sobre o Massacre de Nanjing" da China nesta segunda-feira, informaram as autoridades locais.
Os descendentes que receberam os títulos vêm de dez famílias, incluindo filhos e netos de sobreviventes do Massacre de Nanjing, e marcam o come?o da passagem do bast?o da verdade histórica registrada, de acordo com Zhou Feng, curador do memorial.
Desde a infancia, os descendentes aprenderam tudo em detalhes sobre os eventos históricos do Massacre de Nanjing a partir das memórias das gera??es anteriores. Muitos deles participam há muito tempo em trabalhos relevantes, como docentes voluntários do sal?o do memorial ou acompanhando os sobreviventes para participar de atividades no Jap?o, disse Zhou.
Chang Xiaomei, uma das descendentes, escreveu e publicou livros sobre seu pai que, aos nove anos de idade, testemunhou seis de seus familiares serem mortos por tropas japonesas.
Só neste ano, seis sobreviventes do Massacre de Nanjing faleceram, e suas mortes reduziram o número total de sobreviventes registrados na China para 55, com idade média de 92 anos.
"à medida que os sobreviventes envelhecem, seus descendentes se tornar?o a principal for?a na transmiss?o das memórias históricas", disse Wang Weixing, vice-presidente da Associa??o de Assistência às Vítimas em Nanjing durante a Guerra de Agress?o contra a China pelos Invasores Japoneses.
O Massacre de Nanjing ocorreu quando as tropas japonesas capturaram a ent?o capital chinesa em 13 de dezembro de 1937. Durante seis semanas, eles mataram cerca de 300 mil civis e soldados desarmados chineses em um dos episódios mais bárbaros da Segunda Guerra Mundial.
O governo chinês preservou os testemunhos dos sobreviventes, registrados em documentos escritos e imagens de vídeo. Esses registros do massacre foram listados pela UNESCO no Registro da Memória do Mundo em 2015.
No futuro, espera-se que mais descendentes dos sobreviventes e dos falecidos se juntem à causa para aumentar os registros da verdade histórica, acrescentou Zhou.