Os eleitores angolanos v?o às assembleias de voto na quarta-feira para eleger o novo presidente do país e os membros da Assembleia Nacional.

De acordo com a Comiss?o Nacional Eleitoral (CNE), 14,3 milh?es de eleitores foram registrados e devem votar naquela elei??o mais competitiva desde 1992.

A vota??o nas mais de 13 mil assembleias de voto do país come?ou às 7h da manh? (horário local), com o exercício a ser concluído dentro do dia.

Segundo o porta-voz da CNE, Lucas Quilundo, o processo eleitoral está decorrendo sem problemas e todas as assembleias de voto est?o operacionais com a vota??o a decorrer de forma ordenada e sem registo de incidentes de qualquer tipo até ao momento.

No centro de Luanda, a capital de Angola, o transito nas estradas é visivelmente suave no dia das elei??es, pois os eleitores fazem fila pacientemente pela sua vez de votar.

Na assembleia de voto da Escola TiTi Helena, localizada em Viana, uma cidade movimentada a cerca de uma hora de carro desde o centro de Luanda, os eleitores s?o vistos em longas filas esperando pacientemente para votar. Entretanto, os funcionários temporários que trabalham para a CNE est?o a ajudar a orientar os eleitores e a verificar as suas credenciais. Alguns policiais também est?o no local.

A mídia local informou que a Polícia Nacional de Angola mobilizou mais de 80 mil agentes de seguran?a para manter a ordem durante o período eleitoral.

Observadores eleitorais de organiza??es como a Uni?o Africana, a Comunidade de Desenvolvimento da áfrica Austral, a Uni?o Europeia e a Organiza??o da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa foram convidados e destacados para acompanhar as elei??es gerais de Angola.

Este ano, sete partidos políticos e uma coliga??o disputam as elei??es por 220 lugares na Assembleia Nacional. Dos 220 assentos, 130 s?o eleitos pelas listas nacionais dos partidos, e os restantes 90 s?o eleitos com base nas listas provinciais, sendo que cada uma das 18 províncias do país elege cinco deputados.

O atual presidente Jo?o Louren?o, do Movimento Popular de Liberta??o de Angola (MPLA), que busca um segundo mandato, enfrentará principalmente um desafio de Adalberto Costa Júnior, líder da maior oposi??o do país, a Uni?o Nacional para o Total Independência de Angola (UNITA). O MPLA havia vencido todas as elei??es anteriores realizadas em 1992, 2008, 2012 e 2017.

O líder do MPLA, Jo?o Louren?o, votou quarta-feira na Assembleia de Voto 105, no distrito urbano da Ingombota, na baixa de Luanda, enquanto o líder da UNITA votou na Assembleia de Voto 805, localizada no distrito urbano da capital Nova Vida.

A elei??o deste ano também contará com a participa??o de eleitores estrangeiros, com cerca de 22.560 cidad?os esperados para votar no exterior.

A elei??o geral de 2022 foi considerada a mais competitiva porque muitos eleitores que votar?o pela primeira vez nasceram em um período pós-conflito. Observadores dizem que esta é também a primeira vez que o maior partido da oposi??o, UNITA, vê boas chances nas elei??es porque a maioria dos jovens pede por mudan?as, pois eles desejam mais oportunidades de emprego e melhoria das suas condi??es de vida.

O presidente n?o é eleito diretamente. De acordo com a constitui??o angolana, o principal candidato de um partido político que obtenha mais votos é eleito presidente.

O presidente é eleito para o mesmo mandato que os membros da Assembleia Nacional e pode cumprir um máximo de dois mandatos. Cada partido participante nomeia um candidato presidencial no topo de sua lista, que deve ser claramente identificado no boletim de voto.

Angola tem uma popula??o estimada em 33,93 milh?es, segundo dados do Banco Mundial. O país rico em petróleo ultrapassou a Nigéria como o maior produtor de petróleo da áfrica Subsaariana de maio a julho deste ano, segundo dados da Organiza??o dos Países Exportadores de Petróleo.