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Cintur?o e Rota Verde é chave para destravar investimentos chineses em infraestrutura no Brasil

Fonte: Diário do Povo Online    29.08.2022 10h35

Por Leonardo Sobreira

O vice-presidente Hamilton Mour?o observou em maio deste ano que investimentos chineses no Brasil fogem do setor de infraestrutura para se concentrarem em energia elétrica. Dados do Conselho Empresarial Brasil-China mostram que, dos US$ 66 bilh?es investidos pela China no Brasil entre 2007 e 2020, 48% foram para o setor energético, 28% para petróleo e gás, 7% para minera??o e apenas 5% para infraestrutura, com o restante sendo dividido entre agricultura, pecuária e servi?os financeiros.

Na ocasi?o, o general da reserva destacou o potencial de ganha-ganha no setor de infraestrutura, ponto rotineiramente enfatizado por Beijing na promo??o da Iniciativa do Cintur?o e Rota (BRI, na sigla em inglês), mesmo que ele tenha fechado as portas para uma ades?o formal do Brasil ao programa.

“Temos que buscar esse investimento chinês, mostrando-lhes que investimentos em determinadas áreas da infraestrutura no Brasil v?o beneficiá-los porque isso vai facilitar o escoamento da produ??o e, consequentemente, o barateamento dos produtos exportados para eles", disse Mour?o, que chefiou o lado brasileiro na assembleia da Cosban (Comiss?o Sino-Brasileira de Alto Nível de Concerta??o e Coopera??o) deste ano. “Nós somos grandes produtores de alimentos, a China precisa de alimentos, ent?o a gente precisa trabalhar o tempo todo em cima dessa quest?o”.

O Brasil está somente atrás da Venezuela em termos de créditos recebidos da China. Segundo dados do Diálogo Interamericano, o país bolivariano recebeu aportes totalizando US$ 62,2 bilh?es entre 2005 e 2019, seguido pelo Brasil, com 28,9 bi. A China desponta para tornar-se o principal parceiro comercial da América Latina e do Caribe em menos de 15 anos, ultrapassando os Estados Unidos, segundo o Fórum Econ?mico Mundial (WEF).

Em rela??o a projetos ferroviários, a presen?a da China no Brasil é pontual. Cargas de trilhos fabricados na China desembarcaram em janeiro deste ano para constru??o do trecho da Ferrovia de Integra??o Oeste-Leste (Fiol) entre os municípios de Caetité e Barreiras, na Bahia. A estatal brasileira Valec é responsável pela obra, que avan?a.

O mais emblemático talvez seja o projeto de constru??o da ferrovia ligando o Brasil ao Peru, a Bioceanica, que perdeu ímpeto nos últimos anos com a prioriza??o da rota ao Chile e a constru??o de uma rodovia que corta Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. O projeto tem custo estimado de R$ 40 bilh?es e um estudo de viabilidade concluído pela China Railway Eryuan Engineering Group Co. (Creec).

Os impactos ambientais da ferrovia que cortaria o Parque Nacional da Serra do Divisor, área de conserva??o integral cobrindo boa parte da fronteira norte do Acre com o Peru, foram ventilados à época. Estudiosos ent?o sugeriram possíveis novas rotas enfatizando o apaziguamento das tens?es através de novas metodologias sofisticadas de inteligência geográfica, considerando fatores como encosta, comunidade nativa, concessionárias de minera??o, agricultura, rodovias, arqueologia, usos de conserva??o abrangentes e usos de conserva??o sustentáveis.

Mais ativa no quesito ambiental e no combate à mudan?a climática nos últimos anos, a China vem se esfor?ando em estampar o selo verde em seus projetos de infraestrutura ao redor do mundo. A ferrovia que liga Mombasa a Nairóbi, no Quênia, por exemplo, corta o Parque Nacional Tsavo, o maior e mais antigo santuário de vida selvagem do país. Para conter o impacto ambiental da obra, cercas elétricas em ambos os lados da pista e passagens inferiores largas em intervalos curtos, permitindo a passagem de animais selvagens, foram erguidas. A??es de restaura??o também foram promovidas nos arredores da ferrovia, que vem colocando o país africano no caminho da industrializa??o.

A Coaliz?o Internacional de Desenvolvimento Verde da Iniciativa do Cintur?o e Rota, estabelecida em 2019, é uma nova avenida para o estabelecimento de diretrizes de boas práticas ambientais em grandes investimentos chineses no exterior. Considerando a turbulência política que acomete a América Latina, a cria??o de diretrizes verdes acima da transitoriedade da política eleitoral torna os investimentos menos suscetíveis a má publicidade ao mesmo tempo em que continua a oferecer melhores oportunidades econ?micas.

Nesse contexto, a Comiss?o Nacional de Desenvolvimento e Reforma, o principal órg?o planejador econ?mico da China, anunciou em mar?o deste ano que a China pretende formar um padr?o de desenvolvimento verde para o BRI até 2030. O plano é intensificar a coopera??o em novas áreas, enquanto a China incentiva suas empresas de energia solar e eólica a "se globalizem" e promove veículos elétricos e planos de transporte inteligentes e de “l(fā)ogística verde”. As credenciais ecológicas dos investimentos chineses s?o a principal chave para destravar os projetos de infraestrutura no Brasil. 

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