O presidente da Camara do Comércio Angola-China (CAC), Luís Cupenala, elogiou o que ele qualificou de "enorme" coopera??o entre Angola e China, afirmando que o nível de coopera??o bilateral é consistente e confiável.
Em uma recente entrevista à Xinhua em Luanda, capital de Angola, Cupenala disse que tal coopera??o tem contribuído para a melhoria de infraestruturas, industrializa??o, bem como para os esfor?os de combate à pobreza no país africano.
Cupenala destacou o transporte como uma área de grande coopera??o entre os dois países ao longo dos anos, elogiando as empresas chinesas por terem construído e reconstruído ferrovias, como o Caminho de Ferro de Benguela, estradas, aeroportos e infraestruturas elétricas que melhoraram a conectividade no país.
O Caminho de Ferro de Benguela, com 1.344 km de extens?o, construída pela China Railway 20 Bureau Group Corporation e que liga a cidade portuária do Lobito à cidade do Luau, na fronteira com a República Democrática do Congo, foi entregue a Angola em 3 de outubro de 2019.
Por meio da coopera??o, as empresas chinesas também criaram oportunidades de emprego e facilitaram a transferência de habilidades para a popula??o local, ajudando-os a construir capacidade e aumentar a produtividade, avaliou ele.
"Em 2002, quando Angola p?s fim à prolongada guerra civil que destruiu infraestruturas, o governo angolano dirigiu-se a diversas institui??es financeiras internacionais para pedir apoio. Mas a China foi o único país que veio apoiar incondicionalmente Angola e mobilizou recursos", lembrou Cupenala.
"A China participou nestes desafios para garantir que o país (Angola) alcan?asse a condi??o de garantir a possibilidade de circula??o de pessoas e bens de um ponto para outro e, obviamente, para lidar com o mercado internacional", disse.
Angola, com uma área de cerca de 1,25 milh?o de quil?metros quadrados, é rica em recursos naturais, como petróleo bruto e diamante, e possui solos férteis e condi??es climáticas favoráveis à agricultura. O país deve transformar essas vantagens comparativas em bens e servi?os que melhorem enfim a vida das pessoas, disse Cupenala.
A China testemunhou reformas econ?micas radicais nos últimos 40 anos e cresceu para se tornar a segunda maior economia do mundo. Angola quer aprender com a experiência da na??o asiática, incluindo sua luta anticorrup??o, assinalou Cupenala.
Cupenala disse que a China defende a paz e a estabilidade no mundo, promove parcerias de benefícios mútuos e identifica a áfrica como um grande parceiro que pode se transformar a partir do nível em que está. Ele acredita que a coisa mais importante para a coopera??o áfrica-China é identificar as áreas onde os dois lados podem melhorar ainda mais para obter mais benefícios mútuos.