O enviado da China pediu, em debate da ONU na quarta-feira, que os países desenvolvidos honrem os compromissos de financiamento climático que têm com a áfrica.
Ajudar a áfrica a lidar com as mudan?as climáticas n?o é sobre o qu?o alto se cantam slogans, mas sim sobre os compromissos cumpridos e as necessidades da áfrica, atendidas, disse Dai Bing, representante permanente da China nas Na??es Unidas, ao debate do Conselho de Seguran?a da ONU sobre clima e seguran?a na áfrica.
Na??es desenvolvidas prometeram fornecer US$ 100 bilh?es em financiamento climático anual para os países em desenvolvimento. Os países europeus também se comprometeram a dobrar o apoio de financiamento aos projetos climáticos nos países africanos atingidos pela pobreza até 2025.
Essas promessas n?o podem nem devem ser apenas da boca para fora. Atrasos históricos devem ser corrigidos o mais rápido possível. Uma nova meta quantitativa coletiva deve ser definida, para que os países africanos possam receber fundos reais necessários para realizar um trabalho que produza resultados tangíveis, disse Dai.
Ele acrescentou que as institui??es financeiras internacionais e as plataformas de financiamento climático também devem reduzir o limite de financiamento para garantir que as finan?as climáticas sejam acessíveis à áfrica de forma justa.
Ultimamente, quando se trata das quest?es sobre mudan?as climáticas, a vacila??o e retrocesso por parte de alguns países desenvolvidos é motivo de preocupa??o, disse o enviado, enfatizando a necessidade de equidade e justi?a internacional nas quest?es climáticas.
Muitos países da áfrica ainda est?o em fase inicial de industrializa??o, enfrentando a dupla tarefa de desenvolvimento socioecon?mico e resposta às mudan?as climáticas. Os países desenvolvidos, por outro lado, já alcan?aram a industrializa??o, lembrou Dai.
"Pedir à áfrica e a outros países em desenvolvimento que assumam as mesmas responsabilidades climáticas que os países desenvolvidos vai contra a equidade e a justi?a internacional", destacou.
Para cumprir a meta de controle de temperatura estabelecida pelo Acordo de Paris, os países desenvolvidos devem assumir a lideran?a na redu??o drástica das emiss?es e avan?ar significativamente na data para alcan?ar a neutralidade do carbono, de modo a fornecer espa?o de desenvolvimento para a áfrica e outros países em desenvolvimento, disse o enviado.
Ele também observou que o apoio da China à áfrica no combate e enfrentamento às mudan?as climáticas tem sido consistente e sempre presente.
A China organizou em setembro uma reuni?o ministerial do Grupo de Amigos da Iniciativa de Desenvolvimento Global, onde foi feita uma proposta para promover a parceria global de coopera??o em energia limpa. Entre os primeiros projetos está a coopera??o em resposta às mudan?as climáticas e desenvolvimento verde em 19 países africanos, disse Dai.