O Ministério da Defesa brasileiro entregou na quarta-feira ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) seu relatório sobre as elei??es realizadas em outubro no qual afirma n?o ter encontrado irregularidades.
"O trabalho se restringiu à fiscaliza??o do sistema eletr?nico de vota??o, n?o compreendendo outras atividades, como, por exemplo, a manifesta??o acerca de eventuais indícios de crimes eleitorais", diz o texto.
O sistema das urnas eletr?nicas, utilizado no Brasil desde 1996, foi questionado pelo presidente Jair Bolsonaro e por membros das For?as Armadas, embora nunca tenha apresentado nenhum tipo de problema em todas as elei??es realizadas desde ent?o, nem nas de outubro passado.
No relatório, o ministério sugere ao TSE que analise dois pontos no futuro. O primeiro é que, segundo o relatório, o acesso à rede durante a compila??o do código-fonte e consequente gera??o dos programas -- os códigos binários -- pode configurar risco à seguran?a do processo.
O segundo se refere aos testes de funcionalidade, realizados por meio do Teste de Integridade e do Projeto-Piloto com Biometria. De acordo com o relatório das For?as Armadas, "n?o é possível afirmar que o sistema eletr?nico de vota??o está isento da influência de um eventual código malicioso que possa alterar o seu funcionamento".
Os dois pontos divergem das conclus?es das demais entidades fiscalizadoras, como o Tribunal de Contas da Uni?o (TCU) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que atestaram que o sistema eleitoral é seguro e imune a qualquer vício ou irregularidade.
A miss?o da Organiza??o dos Estados Americanos (OEA) que observou as elei??es no Brasil também disse que as elei??es transcorreram de forma transparente e que as urnas eletr?nicas demonstraram mais uma vez sua eficácia.