O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) do Brasil decidiu nesta quarta-feira, em sua segunda reuni?o em 2023, manter a taxa básica de juros Selic em 13,75% ao ano, confirmando as previs?es do mercado financeiro.
Esta foi a quinta vez consecutiva que o Copom manteve a Selic inalterada desde setembro passado, quando fechou o ciclo de alta da taxa básica de juros iniciada em mar?o de 2021, ocasi?o em que o índice estava em 2% ao ano.
A decis?o de deixar a taxa de referência sem altera??o ocorreu apesar das fortes press?es do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que acusa o BC de manter a Selic excessivamente elevada, com efeitos negativos para a atividade econ?mica, o investimento e o crédito.
Na nota em que anunciou a decis?o, o Copom indicou que desde a reuni?o anterior do Comitê, o entorno externo se deteriorou.
"Os episódios que afetaram bancos nos Estados Unidos e Europa aumentaram a incerteza e a volatilidade nos mercados e requerem monitoramento", destacou.
Com rela??o à situa??o doméstica, os indicadores da atividade econ?mica mais recentes "continuam corroborando o cenário de desacelera??o esperado pelo Copom", prosseguiu a nota.
A infla??o ao consumidor "segue acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta", acrescentou o Copom.
De acordo com os analistas do mercado financeiro, a previs?o para o índice de infla??o deste ano é de 5,96% e, para 2024, de 4,02%.
A meta oficial é de uma infla??o de 3,15% em 2023 e 3% no próximo ano, em ambos os casos com uma margem de tolerancia de 1,5 ponto percentual.
As raz?es detalhadas da manuten??o da Selic definida pelo Copom nesta quarta-feira e os passos a serem seguidos no futuro ser?o explicados na ata da reuni?o a ser divulgada no início da próxima semana.