Coopera??o mais abrangente relacionada ao Cintur?o e Rota deverá será alcan?ada

Depois de recuperar de uma pneumonia, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva visitará a China de quarta a sexta-feira. Os especialistas disseram que a visita elevará os la?os bilaterais a um nível mais alto, com uma coopera??o mais abrangente n?o apenas em áreas tradicionais como comércio e investimento, mas também em finan?as, combate à pobreza, coopera??o sob o enquadramento da iniciativa do Cintur?o e Rota (Cintur?o e Rota), bem como media??o conjunta sobre a crise na Ucrania.

Analistas da China e do Brasil ficaram surpreendidos que a visita pudesse ser remarcada t?o cedo, e isso prova que ambos os governos têm grande sinceridade e forte motiva??o para promover ainda mais sua parceria estratégica abrangente e formar novas certezas com seus esfor?os para superar a crescente incerteza no cenário internacional.

O Brasil é um dos poucos países que ainda n?o aderiram à iniciativa do Cintur?o e Rota proposta pela China. Ao responder a uma pergunta sobre se a próxima visita contemplaria a assinatura de um acordo de coopera??o no ambito do Cintur?o e Rota entre a China e o Brasil, Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores da China, disse na segunda-feira que "a iniciativa do Cintur?o e Rota é uma iniciativa de coopera??o completamente aberta e transparente. Estamos disponíveis para trabalhar com todos os membros da comunidade internacional, promover conjuntamente a coopera??o para a constru??o do Cintur?o e Rota e envidar esfor?os para promover o desenvolvimento conjunto de todos os países".

Guo Cunhai, especialista em estudos latino-americanos da Academia Chinesa de Ciências Sociais, disse ao Global Times na segunda-feira que, "se a viagem de Lula puder fazer o Brasil ingressar formalmente no Cintur?o e Rota, isso significa que haverá 22 países latino-americanos formalmente na iniciativa proposta pela China, o que tem um grande significado para demonstrar que é muito bem-vinda no continente".

Em 2022, a Argentina assinou um memorando de entendimento sobre a coopera??o no ambito do Cintur?o e Rota. Se o Brasil aderir à iniciativa, isso significa que passará a abranger efetivamente a maior parte da América do Sul, disse Guo. "Isso seria simbólico".

Além da coopera??o no Cintur?o e Rota, o acordo de compensa??o de yuans anunciado anteriormente entre a China e o Brasil é também um sinal significativo para o mundo de que, como duas grandes economias em ascens?o e dois países do BRICS, a China e o Brasil est?o determinados a impulsionar a recupera??o pós-pandemia juntos e reduzir as incertezas e interrup??es criadas pelos EUA e alguns de seus aliados. Ambos pretendem também eliminar gradualmente a dependência do dólar americano para o comércio e investimento internacional, segundo os analistas.

Wang disse que a China encoraja e apoia todos os esfor?os para ajudar a encontrar uma solu??o política para a crise na Ucrania. "Estamos disponíveis para trabalhar com todos os membros da comunidade internacional, incluindo o Brasil, para continuar desempenhando um papel construtivo na promo??o de uma solu??o política para a crise na Ucrania", disse Wang.

Lula irá propor um "clube da paz" com a China para mediar o fim do conflito na Ucrania quando visitar a China, informou o Financial Times em 24 de mar?o, antes do presidente brasileiro adiar sua viagem no mês passado, devido a um problema de saúde.

"Estamos muito interessados em promover ou ajudar a gerar algum tipo de encontro que leve a um processo de paz", disse Mauro Vieira, ministro das Rela??es Exteriores do Brasil, ao Financial Times em entrevista. "O presidente disse tantas vezes que ouve muito sobre a guerra, mas muito poucas palavras sobre a paz. Ele está interessado em conversas sobre a paz".

Guo disse que a China e o Brasil s?o grandes potências neutras reais com influência global que podem resistir à press?o para manter a tomada de decis?o independente na diplomacia. A ideia do presidente Lula de um "clube da paz" é trazer mais países neutros para cooperar através da media??o. O Brasil reconheceu o papel construtivo da China em ajudar na solu??o política da crise, por isso é muito provável que os dois lados tenham uma coordena??o e coopera??o mais estreitas na media??o da crise na Ucrania.

Além desses campos estratégicos, é provável que os dois lados cooperem também em indústrias verdes, agricultura e prote??o ambiental, disseram especialistas. Como a China está buscando "cadeias de suprimentos verdes" para se conectar com outros países para o comércio agrícola, um especialista brasileiro que está visitando a China acredita que isso trará grandes oportunidades para o Brasil.