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O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, fez na segunda-feira um balan?o dos 100 dias de governo, no qual destacou a retomada das políticas sociais, a defesa da democracia e do meio ambiente, o papel indutor do Estado na economia, e a abertura do país ao mundo, recuperando o diálogo com todas as na??es.
"Uma frase muito pequena traduz a enormidade do desafio que enfrentamos nesses primeiros dias de governo: o Brasil voltou", ressaltou Lula.
Segundo o presidente, o governo voltou a fazer o que deveria ser a raz?o de existir de todos os governos, cuidar das pessoas.
"Voltou a ocupar-se, principalmente, dos brasileiros que mais necessitam e que nos últimos anos foram as principais vítimas da ausência de governo. O Brasil voltou para conciliar o crescimento econ?mico com a inclus?o social. Para reconstruir o destruído e avan?ar. O Brasil voltou a ser um país sem fome", enfatizou.
Lula afirmou que seu país voltará a ser uma referência mundial em sustentabilidade e em enfrentamento às mudan?as climáticas, cumprindo as metas de redu??o de emiss?es de carbono e de desmatamento zero.
"O Brasil volta a cuidar de seus biomas, especialmente da maior floresta tropical do planeta, com o restabelecimento do Fundo Amaz?nia e a cria??o e instala??o da Comiss?o de Preven??o e Controle do Desmatamento", destacou.
O presidente afirmou que o Brasil voltou a olhar para o futuro, o que significa investir em rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, gera??o e transmiss?o de energia, conectividade, expans?o do pré-sal, energia solar e eólica e outras a??es para colocar o país na trilha do desenvolvimento.
Durante o balan?o, Lula adiantou ainda que, no princípio de maio, será anunciada uma lista de empreendimentos em infraestrutura e os mecanismos que assegurar?o sua rápida coloca??o em marcha e a gera??o de milh?es de empregos de qualidade.
"Nosso programa de investimentos estratégico em infraestruturas terá seis eixos: transportes; infraestruturas sociais; inclus?o digital e conectividade; infraestruturas urbanas; água para todos e transi??o energética", explicou.
Nos primeiros dias de seu terceiro mandato (2003-2010), Lula teve que lidar com o ataque de partidários do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022), que invadiram no domingo, 8 de janeiro o Palácio do Planalto e as sedes do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF), provocando sérios danos nas instala??es.
Apenas depois, com a situa??o normalizada, o presidente pode avan?ar em seus compromissos de campanha, dando ênfase à área social, com o retorno dos programas de casas populares Minha Casa, Minha Vida e da renda básica, Bolsa Família.
Na área económica, o governo insistiu na necessidade do Banco Central baixar a taxa básica de juros Selic, atualmente em 13,75% em termos anuais, e apresentou um novo arcabou?o fiscal, vinculando o aumento do gasto público ao crescimento econ?mico, que deverá ser discutido pelo Congresso.
O novo governo também freou a privatiza??o de empresas públicas consideradas estratégicas, uma das promessas eleitorais do presidente.
Nos primeiros 100 dias também se confirmou "a volta do Brasil para o mundo", com a retomada do diálogo do país com seus parceiros em todos os continentes e com uma intensa agenda de viagens de Lula, que continuará nos próximos meses.
Além disso, o Brasil também se reintegrou a blocos regionais como a Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) e a Uni?o de Na??es Sul-americanas (Unasur).