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O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, participou na quinta-feira da primeira reuni?o plenária do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econ?mico e Social Sustentável, órg?o integrado por representantes da sociedade civil do empresariado, sindicatos, organiza??es sociais e acadêmicas.
A reuni?o, realizada no Palácio Itamaraty, sede da chancelaria em Brasília, marcou a tomada de posse dos 246 novos membros do chamado "Conselh?o".
Criado por Lula em seu primeiro mandato (2003-2007), o grupo tinha sido extinto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022) e foi restabelecido agora.
O colegiado é composto pelo presidente, que comanda o órg?o, pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, pelo ministro Alexandre Padilha (Rela??es Institucionais) e por cidad?os brasileiros "de ilibada conduta e reconhecida lideran?a e representatividade".
O "Conselh?o" tem a miss?o de auxiliar o presidente na formula??o de políticas públicas para o desenvolvimento econ?mico e social sustentável, além de analisar e articular propostas com setores da sociedade.
Segundo o governo, integrantes de movimentos sociais, setor financeiro, agronegócio e fintechs est?o entre os representantes do grupo. Os membros do Conselho n?o s?o remunerados e participam voluntariamente das discuss?es
Ao abrir o encontro, Lula afirmou que o grupo representa "a cara da sociedade brasileira" e destacou que uma virtude do Conselh?o é reunir pessoas com pensamentos diferentes e que, deste diálogo, surgir?o novas ideias para o país.
"O Brasil n?o mais será país do monólogo, autoritarismo, pensamento imposto à for?a", enfatizou.
"Aqui n?o é um espa?o para que se fale bem do governo, nem espa?o para que as pessoas só fa?am diagnósticos. é um espa?o para que vocês ajudem a governar este país, que vocês digam como se devem fazer as coisas", acrescentou.
Os membros do Conselho que discursaram concentraram suas críticas na elevada taxa básica de juros Selic determinada pelo Banco Central, na desigualdade social e no crescimento da pobreza no país.
O presidente da Confedera??o Nacional da Indústria, Robson Andrade, defendeu a aprova??o de uma reforma tributária e criticou o patamar da taxa de juros. "Com a taxa de juros que temos no Brasil, é impossível investir, trabalhar, produzir e ter bens disponíveis a custo adequado para a popula??o brasileira."
Esta semana, o Conselho de Política Monetária do Banco Central manteve a Selic em 13,75% ao ano. Lula, que tem feito reiteradas críticas ao índice e ao presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que "os mais pobres sofrem as consequências das taxas de juros" e foi aplaudido pelos presentes.