A porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores da China, Mao Ning, disse na sexta-feira que os Estados Unidos precisam ter menos ciúmes e mais abertura e inclus?o ao ver a coopera??o China-áfrica.

Mao deu as declara??es em uma coletiva de imprensa regular em resposta à acusa??o do Subcomitê para a áfrica do Comitê de Rela??es Exteriores da Camara dos Representantes dos EUA sobre as atividades econ?micas da China no continente africano.

Mao lembrou que há muito tempo a China segue o princípio de transparência e abertura e expande novas áreas e cria um novo dinamismo para a coopera??o prática com a áfrica à luz das necessidades da regi?o.

Os resultados da coopera??o podem ser encontrados em várias partes do continente, apontou Mao, acrescentando que o Projeto de Energia Hidrelétrica Inferior da Garganta Kafue, na Zambia, construído pela China, pode reduzir as emiss?es de carbono em 663.500 toneladas por ano e gerar receita de mais de US$ 1 milh?o em gera??o elétrica por dia.

A Ferrovia Momba?a-Nairóbi, no Quênia, criou 46 mil empregos locais. Mais de 80% dos empregados s?o locais. A ferrovia leva cerca de 7 mil passageiros e 18 mil toneladas de carga ao seu destino todos os dias. A China apoia ativamente a iniciativa da Grande Muralha Verde na áfrica e fez novos progressos ao ajudar os países no tratamento da desertifica??o, de acordo com Mao.

Além disso, o governo chinês encorajou as empresas chinesas que fazem negócios na áfrica a cumprirem ativamente suas responsabilidades sociais, salientou a porta-voz, observando que o povo africano está na melhor posi??o para dizer se a coopera??o China-áfrica é boa ou n?o.

Indicando que as institui??es financeiras internacionais e os credores comerciais detêm a maior parte das dívidas africanas, Mao ressaltou que a China observou que os Estados Unidos se beneficiam de sua hegemonia do dólar, por um lado, e apontam o dedo para a coopera??o financeira normal dos países africanos, por outro, que é nada além de padr?es duplos.

Mao explicou que, na verdade, os aumentos maci?os das taxas de juros pelos Estados Unidos elevaram o custo de financiamento e pagamento da dívida enfrentados pelos países africanos. Esta é a principal causa da quest?o de dívida dos países africanos.

"Ao ver a coopera??o China-áfrica, os Estados Unidos precisam ter menos ciúmes e mais abertura e inclus?o", exaltou Mao, pedindo que os norte-americanos fa?am menos acusa??es infundadas, se envolvam em menos jogo de soma zero e forne?am mais apoio tangível.

"Como diz um velho ditado chinês: 'como ele n?o luta por nada, ninguém no mundo poderia lutar com ele'. Qualquer coopera??o que seja verdadeiramente benéfica para o povo africano pode naturalmente prevalecer", destacou Mao.